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Nicarágua: governo prende 5º candidato de oposição em 3 semanas

Publicado segunda-feira, 21 de junho de 2021 às 17:28 h | Atualizado em 21/06/2021, 18:11 | Autor: Da Redação
Vários outros líderes opositores foram presos poucos meses antes das eleições presidenciais | Foto: Oswaldo Rivas | Reuters
Vários outros líderes opositores foram presos poucos meses antes das eleições presidenciais | Foto: Oswaldo Rivas | Reuters -

A mando do governo de Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, a polícia local prendeu mais um pré-candidato à Presidência naquele país, em meio à perseguição política. O jornalista Miguel Mora, 57, foi detido na noite deste domingo, 20.

Segundo as autoridades policiais, Mora foi preso por “realizar atos que minavam a independência, a soberania e a autodeterminação do país”, além de “incitar interferência estrangeira em assuntos internos”.

A detenção se deu sob a lei 1.055, sancionada em dezembro e apontada por órgãos internacionais como um mecanismo legal para barrar críticos e opositores de Ortega das eleições presidenciais de 2021.

Esta é a segunda vez que Mora é preso pela ditadura do país. A primeira foi em dezembro de 2018, ao lado da também jornalista Lucía Pineda Ubau. Na ocasião, ambos foram acusados de "incitar o ódio”.

Ele é o quinto pré-candidato à Presidência detido sob o guarda-chuva da lei 1.055 nas últimas três semanas. A primeira a ser presa foi a também jornalista Cristiana Chamorro, em 2 de junho, que agora segue em prisão domiciliar. Também foram detidos o ex-embaixador Arturo Cruz, o acadêmico Félix Maradiaga e o economista Juan Sebastián Chamorro, primo de Cristiana.

Além deles, vários outros líderes opositores foram presos poucos meses antes das eleições presidenciais, marcadas para 7 de novembro —Ortega tentará se reeleger pela terceira vez consecutiva.

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