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Número de formandos tem primeira queda desde 2003

Publicado terça-feira, 16 de setembro de 2014 às 08:32 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Joana Lopo

Dados do Censo da Educação Superior divulgados no início deste mês pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontam que o número de estudantes que se formam caiu pela primeira vez desde 2003. No entanto, o número de matrículas no ensino superior cresceu 3,8% e atinge 7,3 milhões de alunos.

O ministro da Educação, Henrique Paim, atribui a queda à redução de cursos a distância da rede federal. Diz que foram turmas específicas, criadas para uma determinada formação e, quando o curso acabou, elas não foram renovadas. O presidente do Inep, Chico Soares, destaca que o número de concluintes foi menor no ensino privado e que a rede federal aumentou o número de formados, com exceção da EAD. Paim disse a resposta à questão virá após uma melhor avaliação.

Fies estimula

Para o presidente da Associação Baiana de Mantenedoras do Ensino Superior (Abames), Carlos Joel Pereira, se proporcionalmente os indicadores sobre os ingressantes é maior, naturalmente, tem-se um percentual menor de formandos. "Não se aumentou o número de instituições, entretanto, o número de alunos matriculados teve um acréscimo significativo em função principalmente da intervenção do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) como elemento financiador".

Disse que muita coisa está mudando na educação superior, especialmente quanto à interiorização. Distribuídas pela Bahia, já são 122 instituições particulares, sendo duas universidades, dois centros universitários e as faculdades privadas. "Isso possibilita uma mudança do perfil da formação acadêmica e da permanência dos profissionais nos ambientes em que vivem". Desde a região de Irecê ao extremo sul, de norte a leste, há instituições ofertando formação acadêmica"

Joel afirma que os indicadores da IES do interior se mostram superiores aos da capital. "As regiões do interior estão formando pessoas que continuam vivendo no lugar onde estão e levam mão de obra qualificada. É o processo do desenvolvimento e a tendência é melhorar o ensino", finaliza.

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