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Editorial - A contribuição da Bahia

Publicado terça-feira, 05 de julho de 2022 às 00:08 h | Autor: Da Redação
Devem agora, unidos, cidadãos, Imprensa e entidades formarem uma frente ampla de fiscalização dos valores cobrados nas bombas
Devem agora, unidos, cidadãos, Imprensa e entidades formarem uma frente ampla de fiscalização dos valores cobrados nas bombas -

Embora a frequência de alta nos postos de combustíveis tenha causa eficiente na paridade do preço internacional, além da privatização de refinarias, ambas decisões dos gestores federais, 20 estados decidiram reduzir as bases de cálculo.

Melhor para a cidadania e a recuperação econômica do país, pois a estratégia de baixar a porcentagem do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) encerrará qualquer possibilidade de justificativa para inflação.

Entre os entes federativos alinhados à proposta, está a Bahia, desde sexta-feira, dia 1º, com decreto assinado pelo governador Rui Costa, assumindo perda de arrecadação, dentro do contexto contrário aos interesses nacionais.

Nem todos, no entanto, cederam à cantilena de Brasília, preferindo estes resistentes a contestação por via judicial, ao enfrentar a pressão do Executivo e de seu Ministério da Economia, mantida a política causadora do desequilíbrio.

Devem agora, unidos, cidadãos, Imprensa, parlamentares identificados com o bem estar comum e todas as categorias profissionais e entidades de classe formarem uma frente ampla de fiscalização dos valores cobrados nas bombas.

Porque de nada adiantará o sacrifício da concessão dos baianos se insistirem os detentores do poder econômico no tratamento gracioso ao Capital, inventando-se outras táticas de burla, tomando como prioridade o lucro.

A sangria de cifras para os investimentos em saúde, educação e segurança terá de ser compensada, ao menos parcialmente, pelo funcionamento da frenagem na remarcação, considerando o efeito negativo na logística e mobilidade.

São R$ 400 milhões mensais de renúncia no atendimento de 417 municípios, contabilizando retração de R$ 2,4 bilhões até o final de 2022, mantida agora a referência média dos últimos 60 meses para os litros dos derivados de petróleo.

Não se vai aceitar, sob qualquer hipótese, o impulso de seguirem as autoridades de Brasília a admissão da sanha do acúmulo como desdobramento de uma medida cuja intenção é exatamente a oposta.

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