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Editorial - O critério da prosperidade

A habilidade em expandir seus recursos monetários há de eliminar todos os problemas financeiros dos baianos

Publicado quarta-feira, 10 de agosto de 2022 às 00:00 h | Atualizado em 10/08/2022, 00:12 | Autor: Da Redação
Pode haver quem avalie favorável o aumento registrado por ACM Neto, ao engordar em quase 50% suas propriedades e contas bancárias
Pode haver quem avalie favorável o aumento registrado por ACM Neto, ao engordar em quase 50% suas propriedades e contas bancárias -

A prosperidade é valor indicativo da sabedoria de gestão individual do patrimônio, mas nem sempre garante a mesma vocação quando se trata da coletividade.

Esta premissa seria levada em alta conta pelo eleitor ao verificar a fortuna ou, seu oposto, o discreto acúmulo de capital dos candidatos, cabendo a cada consciência fazer escolhas a partir do julgamento particular das expectativas.

Já houve época de uma maior facilidade por parte dos políticos, no momento de declarar seus bens, graças à manobra de passar as escrituras para pessoas de sua confiança, no entanto, a Justiça Eleitoral está hoje mais vigilante.

Cada postulante a governador, senador ou deputado é obrigado a prestar informações verdadeiras a fim de regularizar-se e obter o número com o qual vai concorrer no sistema de voto eletrônico, direto e secreto.

A transparência, portanto, é condição para uma consulta correta pela internet, por meio do endereço divulgacandconta.tse.jus.br, favorecendo a plena análise qualitativa na perspectiva do cidadão, sem estabelecer critério geral.

Pode haver quem avalie favorável a escalada de aumento registrado pelo candidato da UB, ACM Neto, ao engordar de 2016 para cá em quase 50% suas propriedades e contas bancárias, alcançando montante a caminho de R$ 42 milhões.

A habilidade em expandir seus recursos monetários, se transferida para investimentos do governo estadual, há de eliminar todos os problemas financeiros dos baianos, uma vez ter assinalado o político o marco zero de R$ 820 mil, considerando o ano de 2006.

Por este viés, faltaria concorrência ao ex-prefeito, tomando-se por inexpressivos os atuais R$ 515 mil de Jerônimo Rodrigues (PT), e os R$ 309 mil de Kleber Rosa (PSOL), embora João Roma (PL) ultrapasse R$ 5 milhões.

Os dados viabilizam uma comparação entre narrativa e materialidade, ao constatar-se proposições confiáveis ou não em todo o espectro partidário, entre uma extrema ideológica e outra, com chances de surpresas para quem abrir os cofres dos elegíveis.

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