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Editorial - Um bem essencial

Publicado quarta-feira, 13 de julho de 2022 às 00:00 h | Autor: Da Redação
A instituição fundada em 1912 passou por  conflitos, superando as ameaças com a certeza de sair mais forte a cada tentativa de mordaça
A instituição fundada em 1912 passou por conflitos, superando as ameaças com a certeza de sair mais forte a cada tentativa de mordaça -

Um dos indícios reveladores de como um órgão de Imprensa cumpre com proficiência suas funções de moderar e fiscalizar é o esperneio de instituições e fontes de informação quanto aos conteúdos publicados.

O compromisso de um grupo editorial é com seu público, selecionando entre fatos do cotidiano aqueles dotados de veracidade, atualidade, interesse, importância e inusitado: eis aqui a notícia a ser divulgada e analisada.

É compreensível o calundu provocado por edições que contrariam interesses de políticos e empresas a eles diretamente relacionadas.

Neste contexto, não se pode deixar de levar em conta a cidadania aviltada no seu direito à educação, desde os primórdios, na ocupação europeia, com a expulsão dos jesuítas, proibindo-se livro e escola.

Seguiram-se períodos ditatoriais de censura e até hoje, nos tempos modernos, os ataques à cultura e à ciência estão relacionados a esta indigestão, enfezando aqueles intolerantes à divergência e à verdade.

Diante de calúnias, injúrias e difamações, sobrepõe-se a consciência tranquila de quem presta o bom serviço de noticiar, seguindo princípios estabelecidos, defendidos com intransigência por A TARDE.

Ao cumprir dever centenário, a instituição fundada em 1912 passou por sem-número de conflitos, superando as ameaças com a certeza de sair mais forte a cada tentativa de mordaça e até extinção.

Não poderia ser maior este incentivo em proteger o bem da informação, quando se é intimidado com a arma rude do corte de verbas públicas de publicidade a fim de garrotear o estabelecimento erigido por Simões Filho.

Em época não muito distante, A TARDE enfrentou tal concentração de recursos em benefício de veículos com perfil agradável ao gestor da ocasião, esquecido de sua eleição a serviço de todos. Nem assim o jornalismo cedeu a delírios pessoais ou o Decano sucumbiu. 

Será insuficiente, pois, toda artimanha para desistirmos de ter em vista o melhor para a Bahia. Ao completar 110 anos, A TARDE segue como patrimônio da Bahia. Não é o calor da política nacional ou local que mudará isso.

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