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Editorial - Veto condenável

Publicado domingo, 21 de março de 2021 às 06:00 h | Autor: Da Redação
O repasse de R$ 3,5 bilhões, da União aos estados, teria amparo nas virtudes, para impor-se na hierarquia de prioridades | Foto: Raphael Muller | Ag. A TARDE | 4.3.2021
O repasse de R$ 3,5 bilhões, da União aos estados, teria amparo nas virtudes, para impor-se na hierarquia de prioridades | Foto: Raphael Muller | Ag. A TARDE | 4.3.2021 -

Sem fundo é o poço onde o Brasil decidiu atirar-se, ao escolher, por conta e risco, a pulsão de morte, em sucessivas lapeadas aos direitos sociais, conquistados a duras penas, em memória ao grená do sangue de mártires comprometidos com a nação.

Nova demonstração de acerto deste indesejado pressuposto é o veto integral a projeto de lei para prover educação remota, nesta triste era de pandemia, à comunidade escolar, desprotegendo aqueles a quem cabia defender, por deveres moral e constitucional.

O repasse de R$ 3,5 bilhões, da União aos estados, teria amparo nas virtudes, para impor-se na hierarquia de prioridades, em razão do contexto de horror, por alta dos óbitos e infectados, acrescentando já ter sido o PL aprovado por Senado e Câmara dos Deputados.

Não se surpreende quem já habituou-se aos rompantes, o presidente da República, ao obnubilar o sonho de internet grátis para alunos e professores da rede de ensino básico, tão decisivo seria em atual conjuntura do risco de contágio pela proximidade física.

Podem os detratores da democracia escudar-se de argumentos válidos a fim de construir a defesa, explicando como seria, destarte, a representação mais fidedigna da realidade, uma vez o distanciamento ter o condão de proteger discentes e mestres.

Ora, se o coronavírus tem fácil disseminação, nas aglomerações; e a internet pouparia da ameaçadora aproximação, os pequenos e os docentes, não se tem outra opção, exceto concluir ser o veto favorável à ampliação do espectro de alcance da infausta peste.

Como gravame, o momento pede ações emergenciais, todas as possíveis, a fim de conter a infecção, a desintegrar o país, inclusive por um viés econômico.

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