Bolsonaro disse a ministros que quem não aceitasse auxílio de R$ 400 estaria fora do governo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, em reunião ministerial na sexta-feira da semana passada, que quem não aceitasse o programa social Auxílio Brasil com o valor de R$ 400 estaria fora do governo. As informações são de assessores presidenciais escutados pela CNN Brasil. Para parte dos presentes, foi uma senha de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, que não estava presente, poderia deixar o governo.
Segundo fontes, Bolsonaro falou na reunião que tinha tomado a decisão de que o novo programa social a ser oferecido seria de R$ 400, que havia 20 milhões de pessoas passando fome e que quem não topasse que pedisse “o boné para sair”.
Não citou o nome de Guedes, mas a leitura de parte da cúpula do governo foi a de que ele se referia ao ministro da Economia que já aquela altura manifestava resistência a um benefício superior a R$ 300 que flexibilizasse o teto de gastos.
Alguns interlocutores do presidente avaliaram que era uma senha de que Guedes sairia. Naquele mesmo dia, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, participariam em São Paulo de um encontro em São Paulo intitulado “Perspectivas Econômicas no Brasil e no Mundo para 2022”, no qual estava presente também mansueto Almeida, quer foi secretário de Acompanhamento Econômico do governo Michel Temer.
Paulo Guedes relatou hoje a interlocutores que nesse encontro Ciro sondou Mansueto para sua vaga, algo que Ciro negou a interlocutores.