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Bolsonaro diz que Paulo Guedes permanece no governo

Publicado sexta-feira, 22 de outubro de 2021 às 09:19 h | Atualizado em 22/10/2021, 09:27 | Autor: Da Redação
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil -

O presidente Jair Bolsonar, afirmou na noite da última quinta-feira, 21, em entrevista à CNN Brasil, que o ministro da Economia Paulo Guedes não deixará o comando da pasta. A fala aconteceu pouco depois da debandada de quatro secretários.

"Paulo Guedes continua no governo e o governo segue com a política de reformas, defendendo todas que estão em andamento no Congresso Nacional, esse é o objetivo", declarou o presidente.

Interlocutores do ministro da Economia afirmaram à CNN apostar que Paulo Guedes não continuará no governo de Jair Bolsonaro se a PEC dos Precatórios for aprovada da forma como foi elaborada pela ala política com aval da cúpula do Congresso. Alguns de seus interlocutores já o têm aconselhado a salvar a sua “biografia”.

O Ministério da Economia está nos holofotes nesta semana com o anúncio do Auxílio Brasil, que irá pagar R$ 400 mensais a cerca de 17 milhões de brasileiros. O investimento bilionário em ano eleitoral ultrapassa o teto de gastos e estão sendo realizadas manobras para driblar a regra constitucional do teto de gastos. O benefício poderá ser financiado com cerca de R$ 30 bilhões fora do teto de gastos.

“Como nós queremos essa camada de proteção para os mais frágeis, nós pediríamos que isso viesse como um waiver (perdão temporáario), para atenuar o impacto socioeconômico da pandemia. Estamos ainda finalizando, vendo se conseguimos compatibilizar isso”, declarou Guedes.

Na quinta, quatro secretários da equipe econômica pediram demissão por discordarem das decisões. O maior representante da Economia, abaixo de Guedes, o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, pediu exoneração. O secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt foi outro a entregar o cargo.

Além deles, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também pediram exoneração de seus cargos.

"Agora tem secretário, como acontece às vezes com um ministro, que quer fazer valer a sua vontade. Então o ministro deu uma decisão, vamos gastar dentro do teto, que as reformas continuam. Por que buscamos cumprir o teto de gastos? Porque não queremos desequilíbrio nas finanças no Brasil. Vem desequilíbrio, a inflação explode, todo mundo perde com isso. Agora tem gente botando lenha na fogueira", disse Bolsonaro.

A medida do governo para driblar o teto de gastos abre margem de ao menos R$ 83 bilhões no Orçamento em ano eleitoral, inclusive para turbinar emendas parlamentares, recursos direcionados pelos deputados e senadores para bases eleitorais.

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