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Bolsonaro espalha manifesto de empresários de Minas Gerais contra o STF

Publicado quarta-feira, 01 de setembro de 2021 às 12:21 h | Atualizado em 01/09/2021, 12:32 | Autor: Da Redação
A entidade endossa discurso golpista do presidente, critica o STF e defende sites investigados por divulgar fake news | Foto: Antônio Cruz I Agência Brasil
A entidade endossa discurso golpista do presidente, critica o STF e defende sites investigados por divulgar fake news | Foto: Antônio Cruz I Agência Brasil -

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está espalhando por WhatsApp um manifesto da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) que endossa o discurso bolsonarista g sobre supostos ataques à liberdade de expressão e faz críticas ao Supremo Tribunal Federal. Nele, a entidade diz esperar que a "exacerbação"do STF "seja revisada". As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. 

A Fiemg  já tinha se alinhado a Bolsonaro ao se recusar a assinar o manifesto pela harmonia entre os Três Poderes feito pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP) com endosso da Febraban, a federação que apoia os bancos. Ele foi adiado depois de intensa pressão do governo.

Segundo o que Bolsonaro reencaminhou à sua rede de amigos, a Fiemg decidiu fazer o seu próprio documento, intitulado "Manifesto pela liberdade". A federação já tinha anunciado que divulgaria um documento separado da Fiesp. Mas ainda não postou a nota enviada a Bolsonaro em seu site oficial.

Nele, a entidade critica o Supremo Tribunal Federal (STF) e defende sites investigados por divulgar fake news que foram alvo de ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e estão sendo desmonetizados.

Ela afirma que "os direitos individuais, como a liberdade de expressão _pilares fundamentais de um Estado Democrático de Direito, estão sob ameaça no Brasil e precisam ser defendidos com veemência".

Em seguida, vira sua artilharia contra o STF.

"Nas últimas semanas, assistimos a uma sequência de posicionamentos do Poder Judiciário, que acabam por tangenciar, de forma perigosa, o cerceamento à liberdade de expressão no país. Falamos de investigações e da possibilidade de desmonetização de sites e portais de notícias que estão sendo acusados em inquéritos contra as fake news. Em nosso entender, impor sanções sem o devido processo legal, contraditório e ampla defesa é uma precipitação, além de inequívoca afronta à Constituição Federal", afirma.

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