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Carta de funcionários da VTCLog pede que CPI da Covid investigue empresa a fundo

Publicado quinta-feira, 09 de setembro de 2021 às 07:49 h | Atualizado em 09/09/2021, 07:54 | Autor: Da Redação
A VTCLog já é investigada pela CPI, por suspeita de participar de um esquema de propina | Foto: Roque de Sá | Agência Senado
A VTCLog já é investigada pela CPI, por suspeita de participar de um esquema de propina | Foto: Roque de Sá | Agência Senado -

Senadores que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia receberam uma carta enviada de forma anônima na última terça-feira, 7, com detalhes sobre os diretores das empresas VTCLog e Voetur e suposta influência sobre o governo Jair Bolsonaro.

No texto, supostamente enviado por funcionários da empresa, há um pedido para que a comissão aprofunde essa linha de investigação, iniciada em julho. As informações são da Folha de S. Paulo.

Na carta, os funcionários da empresa afirma que três das dez companhias do grupo não têm empregado, funcionando como empresas fantasma. Além disso, uma das gestoras “possui em sua agenda reuniões com a base do governo, especificamente o atual vice-presidente, general [Hamilton] Mourão”. As afirmações não são acompanhadas de provas.

“A CPI precisa aprofundar não somente na VTCLog, mas em todo o grupo Voetur. Querem blindar a família Sá. A Zenaide [Sá Reis, responsável pelo setor financeiro] tem muitas informações, mas o Carlos Alberto de Sá [dono do grupo] possui contatos”, afirma o texto.

A VTCLog já é investigada pela CPI, por suspeita de participar de um esquema de propina envolvendo Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde. Ambos negam qualquer irregularidade.

A empresa é responsável pela logística de distribuição de vacinas, medicamentos e outros insumos do país desde 2018, quando o ministro da Saúde era Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara e investigado por participar de um suposto esquema que buscava o superfaturamento de vacinas para lucro pessoal.

Na época, em que a VTCLog assumiu a logistíca na pasta comandada por Barros, todo o serviço era feito por mais de 20 anos pelo Cenadi (Central Nacional de Armazenagem e Distribuição de Imunobiológicos), que é um órgão público. A justificativa foi que a privatização tornaria o serviço mais eficiente e barato.

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