Convocação de profissionais pode demandar suplementação
Ao longo deste ano, o MPBA deve convocar 48 promotores de Justiça, além de servidores administrativos, aprovados em concurso público. Com isso, haverá um aumento nos custos, o que poderá demandar suplementação por parte do Executivo para o orçamento da instituição.
Millen Castro e Alexandre Cruz dizem que o orçamento deste ano é similar ao que foi executado em 2015 e, com o incremento no quadro de profissionais e a inflação, a suplementação deverá ser necessária. Márcio Fahel, por sua vez, afirma que diante das demandas contínuas, o orçamento poderá, sim, necessitar de ajustes.
Sobre o orçamento, Ediene Lousado afirma que foi feito com base no planejamento estratégico do MPBA e diz que suas propostas para os próximos anos seguem esse planejamento. Pedro Maia, por sua vez, diz que o orçamento é suficiente para suprir as necessidades da instituição.
Poder
O cientista político Joviniano Neto afirma que o cargo de procurador-geral tem a cada dia mais prestígio político, em função de o MPBA ter poder para fiscalizar e avaliar políticas públicas. Por isso, ele defende maior acompanhamento da população durante as eleições para a chefia da instituição.
"O Brasil se acostumou a acompanhar eleições de governador, prefeito, presidente, mas não presta muita atenção na eleição das pessoas que podem ajudar a viabilizar uma boa política, ou dificultar", diz.
Com a independência do Ministério Público conquistada na Constituição de 1988, a atuação da instituição tem ganhado destaque, o que, para Joviniano Neto, atrai o interesse pelo cargo de chefe, por conta da influência da instituição em temas relevantes. Ele exemplifica com a participação no debate sobre o Plano Diretor, em Salvador.