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Deputados do PT defendem que votos da PEC dos Precatórios no Senado tiveram conjuntura diferente

Publicado sábado, 04 de dezembro de 2021 às 13:03 h | Atualizado em 04/12/2021, 13:06 | Autor: Lucas Franco
Deputados do PT enxergam diferenças nas conjunturas das votações da PEC dos Precatórios na Câmara e no Senado I Foto: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil
Deputados do PT enxergam diferenças nas conjunturas das votações da PEC dos Precatórios na Câmara e no Senado I Foto: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil -

O Partido dos Trabalhadores (PT) não deu um voto favorável à PEC dos Precatórios na Câmara. Foram 52 votos contra e uma ausência no segundo turno, no dia 9 de novembro. No entanto, na votação do Senado nesta quinta-feira, 2, nenhum senador do partido votou contra, o que gerou reações nas redes sociais. Três deputados federais baianos do PT enxergam que o voto contrário foi coerente com o momento da votação na Câmara e enxergam que os votos a favor no Senado, inclusive de Jaques Wagner, fazem parte de outra conjuntura.

“No Senado, a história mudou de figura, porque o próprio resultado da votação da Câmara gerou várias polêmicas, inclusive na Bahia. Lá no Senado, os textos foram alterados e as situações são outras. Cada conjuntura é uma”, disse o deputado federal Zé Neto.

Dos seis senadores petistas, cinco votaram a favor da PEC e um se absteve. O deputado federal Afonso Florence alega que a votação na Câmara foi uma decisão da bancada do partido e que decisões do Senado têm uma dinâmica própria. “Não causará ‘desconforto’. Foi uma decisão da bancada do PT no Senado”, argumentou.

O também deputado federal Joseildo Ramos opina que a situação trabalhada no âmbito do Senado é diferente. “Primeiro, o auxílio emergencial deixou o caráter transitório e mais eleitoreiro. Passa a ser um benefício permanente. Nós sempre defendemos a transferência de renda e isso melhora o país. Isso é um alento para aqueles que estão sofrendo desde antes da pandemia, portanto, muda completamente. E o espaço fiscal vai deixar de ser uma coisa meramente eleitoreira”.

Para o parlamentar, pela maneira como a pauta chegou à Câmara, não haveria como votar a favor naquela circunstância. “Por motivos óbvios, que têm a ver com orçamento secreto, outras fontes que poderiam ser garantidas para um auxílio emergencial permanente, o Auxílio Brasil. Isso fez com que a gente [deputados do PT] fechasse a questão. Não tem dúvida, sempre pode ser tida como uma questão de coerência”.

O deputado federal Zé Neto diz que continua com o mesmo posicionamento. “Espero que o que foi votado no Senado possa amenizar as perdas que foram geradas com a votação da Câmara”, disse. Presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann criticou os votos favoráveis à PEC dos Precatórios por senadores do partido.

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