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'É crime', diz Santos Cruz sobre sargento preso na Espanha

Publicado quinta-feira, 27 de junho de 2019 às 12:13 h | Atualizado em 19/11/2021, 09:58 | Autor: Mateus Fagundes | Estadão Conteúdo

O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da secretaria de governo de Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira, 27, a jornalistas, que o sargento preso na Espanha é traficante. "É um crime", disse.

Santos Cruz ressaltou, no entanto, que a reputação da Força Aérea Brasileira (FAB), a qual o sargento é ligado, não está em risco após a prisão. O sargento foi preso na terça-feira em Sevilha transportando 39 quilos de cocaína. O avião fazia parte da comitiva de Bolsonaro ao Japão. O presidente voava em outra aeronave.

Rainha da Inglaterra

O general da reserva disse, ainda, que não vê o presidente Jair Bolsonaro como uma "rainha da Inglaterra". Na semana passada, o chefe do Executivo insinuou que o Congresso o queria assim.

Bolsonaro criticou na ocasião o projeto de lei na Câmara que transfere a parlamentares o poder de indicar integrantes de agências reguladoras. Segundo ele, a medida vai transformá-lo em uma "Rainha da Inglaterra", que reina, mas não governa.

"Não vejo ninguém querendo transformar o presidente em Rainha da Inglaterra", disse Santos Cruz durante o 14º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). "O que ocorre é que não existe democracia sem jogo de pressões."

Durante sua fala, Santos Cruz destacou que "é fundamental" a harmonia entre os Poderes e elogiou o trabalho do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "A presidência da Câmara é uma função importantíssima. Ele quem faz a pauta, ele é quem está tocando a Previdência", disse.

O ex-ministro fez também uma crítica à influência das redes sociais no governo, chamando-a de "assembleísmo digital". "Isso causa tumulto para a governabilidade", disse.

O general da reserva evitou ainda criticar diretamente o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), tido como um dos administradores das redes sociais do presidente, e os demais filhos do presidente. Ao ser questionado se a influência familiar mais ajuda que atrapalha Bolsonaro, o ex-ministro simplesmente disse: "não vou falar".

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