Boulos: Lula não evitará atos públicos após ataques de bolsonaristas
Mês contou com ataques violentos em meio a disputa eleitoral
Coordenador da campanha do ex-presidente Lula (PT) em São Paulo, o pré-candidato a deputado federal Guilherme Boulos (PSPOL) apontou que o presidenciável não irá se intimidar por ataques bolsonaristas e nem evitar atos públicos por medo da violência. Na última semana, guarda municipal filiado ao PT foi assassinado por um bolsonarista durante a sua festa de aniversário.
"Isso não pode nos intimidar. O Lula não vai ficar parado sem fazer manifestações, encontros pelo Brasil por conta da intimidação bolsonarista. Precauções com a segurança já estão tomadas, e acho que têm funcionado, mas não podemos deixar de ir às ruas. Isso é o que Bolsonaro quer", afirmou Boulos, em entrevista ao UOL News nesta quinta-feira, 14.
O próprio Lula já foi alvo de ataques de bolsonaristas. No início deste mês, uma bomba caseira com fezes foi lançada contra o público que acompanhava o ato do ex-presidente na Cinelândia, no Rio de Janeiro. Para Boulos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é "o responsável moral por essa violência feita por apoiadores porque ele a estimula de forma direta cotidianamente".
O pré-candidato ao Congresso também comentou a aprovação da PEC dos Auxílios, proposta pelo governo federal com 'bondades' monetárias voltadas à população. A proposta é investigada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) por seus fins eleitoreiros em ano eleitoral e por pôr em riscos as contas públicas da União. A PEC foi aprovada com apoio da oposição.
"A oposição não tinha condições nenhuma de votar contra aumento do Auxílio Brasil, vale-gás, [auxílio para] caminhoneiros, medidas sociais que nós defendemos. Seria uma incoerência da esquerda. É óbvio que Bolsonaro usar isso por razões eleitorais, isso está claro para a sociedade, o que me faz crer que o efeito que ele deseja não virá", afirmou Boulos.