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"Padre" Kelmon não faz parte da igreja ortodoxa

Arcebispo divulgou nota de esclarecimento onde afirma que o candidato sequer foi seminarista

Publicado domingo, 25 de setembro de 2022 às 20:02 h | Autor: Da Redaçao
"Padre" Kelmon não pertence à igreja ortodoxa, sgundo nota enviada por arcebispo
"Padre" Kelmon não pertence à igreja ortodoxa, sgundo nota enviada por arcebispo -

O candidato que substitui o ex-deputado federal Roberto Jefferson na eleição presidencial nunca foi sacerdote, ao contrário do que pretende fazer crer. "Padre" Kelmon (PRTB) se auto-intitula representante da igreja católica ortodoxa, mas a própria instituição lhe nega essa condição.

Uma nota publicada no dia 14 de setembro e assinada por Dom Tito Paulo George Hanna, arcebispo da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil, atesta que o candidato Kelmon Luís da Silva Souza não tem nenhuma ligação com a igreja ortodoxa..

"Chegou ao nosso conhecimento que muitos cidadãos têm questionado membros da nossa igreja a respeito de um candidato à Presidência da República pelo PTB que se auto apresenta como Padre Kelmon, utilizando insígnias de nossa tradição, sobre a veracidade de seu vínculo à nossa Igreja", começa o texto da Igreja Ortodoxa.

"Diante disso, esclarecemos que, em pleno respeito, mas também gozando da mesma liberdade de pensamento, consciência e religião prevista no 18º artigo da Declaração dos Direitos Humanos e no artigo 5º da Constituição Federal do Brasil, o referido candidato não é membro de nossa Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil em nenhuma de suas paróquias, comunidades, missões ou obras sociais", diz o documento.

Kelmon se apresenta como sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil, aparecendo em peças de campanha com vestimentas tradicionais da igreja. O agora presidenciável concorria como vice de Roberto Jefferson (PTB), mas obteve a cadeira de líder da chapa depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou a candidatura do ex-deputado, que se encontra em prisão domiciliar.

Ainda segundo o documento, o “padre” nunca foi seminarista ou membro do clero da Igreja em nenhum dos três graus da ordem, quer no Brasil ou em outro país. 

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