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Maioria das candidatas relata ter sofrido violência política

Com apenas 15% de ocupação no Congresso, mulheres dizem que medo pode explicar o déficit de representatividade

Publicado segunda-feira, 08 de agosto de 2022 às 09:05 h | Atualizado em 08/08/2022, 19:22 | Autor: Da Redação
Foram classificados como ataques desde tentativas de impedir que parlamentares façam uso da palavra até ameaças de estupro e morte contra mulheres e seus familiares
Foram classificados como ataques desde tentativas de impedir que parlamentares façam uso da palavra até ameaças de estupro e morte contra mulheres e seus familiares -

Uma pesquisa feita com 47 candidatas a governadora, senadora e presidente da República aponta que a maioria dessas mulheres, 87,5%, sofrem violência política por conta do seu gênero.

Realizado pelo jornal O Globo e publicado nesta segunda-feira, 8, o levantamento apontou que 72% das entrevistadas acreditam que a violência eleitoral contra mulheres cresceu nos últimos anos e 93,9% concordam que a violência de gênero afasta as brasileiras da política.

Embora as mulheres componham 51,7% da população brasileira, segundo os dados mais recentes do Censo, e sejam 53% do eleitorado do país, de acordo com o TSE, a representatividade feminina no Congresso é de apenas 15%.

Também foi apontado na pesquisa do jornal carioca que 70% das mulheres não acreditam que a violência política de gênero tem sido combatida e 61,9% das candidatas que relataram ataques preferiram não denunciar.

Foram classificados como ataques desde tentativas de impedir que parlamentares façam uso da palavra até ameaças de estupro e morte contra mulheres e seus familiares, a exemplo do que aconteceu com a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) na semana passada.

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