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Orçamento secreto destinou R$ 2,3 bilhões para apoiadores de Pacheco

A verba foi distribuída depois da vitória do senador para presidência do Senado, em 2021

Publicado sábado, 09 de julho de 2022 às 11:10 h | Autor: Da Redação
O orçamento secreto foi utilizado para influenciar a eleição de Rodrigo Pacheco à presidência do Senado
O orçamento secreto foi utilizado para influenciar a eleição de Rodrigo Pacheco à presidência do Senado -

Parlamentares que apoiaram a candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado, ano passado, receberam cerca de R$ 2,3 bilhões por meio do orçamento secreto, revela reportagem do Estadão deste sábado, 9. As verbas distribuídas via emendas de relator foram confirmadas logo depois da vitória de Pacheco.

Segundo o levantamento, 38 dos 57 senadores que apoiaram Pacheco disseram ao Supremo Tribunal Federal (STF), por determinação da Corte, ter recebido recursos públicos. Entre os apoiadores de Pacheco, a média das emendas indicadas foi de R$ 92 milhões no ano passado. Já os eleitores de Simone Tebet (MDB-MS), que disputou a eleição contra ele, tiveram R$ 43 milhões, em média, para utilizar nas suas bases.

Os valores variam de senador para senador. “O relator-geral do Orçamento de 2021, Marcio Bittar (União Brasil-AC), por exemplo, carimbou sozinho R$ 460 milhões, enquanto Marcos do Val (Podemos-ES), Plínio Valério (PSDB-AM) e Nelsinho Trad (PSD-MS) tiveram R$ 50 milhões para indicar, no ano passado”, cita a reportagem.

Para identificar as cifras foram consideradas as indicações de emendas encaminhadas pelos próprios parlamentares ao STF. Apesar da determinação do Supremo, nem todos informaram os valores recebidos em emendas.

O orçamento secreto também teria sido usado na eleição para presidência da Câmara, que terminou com a vitória de Arthur Lira (Progressistas-AL).

O governo já liberou R$ 7,7 bilhões em verbas do orçamento secreto para deputados e senadores. O repasse é usado para turbinar a eleição de parlamentares em busca de votos no período eleitoral. O governo e o Congresso não identificam os beneficiados pelo Executivo nos pagamentos.

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