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Pesquisa A TARDE/Atlas será divulgada neste domingo

Levantamento trará os cenários na disputa para governo do estado e presidência

Publicado sexta-feira, 15 de julho de 2022 às 00:05 h | Autor: Dante Nascimento
Pesquisa obteve a opinião de 1.683 eleitores de 322 municípios da Bahia
Pesquisa obteve a opinião de 1.683 eleitores de 322 municípios da Bahia -

A divulgação da primeira pesquisa AtlasIntel sobre o cenário das eleições na Bahia, contratada pelo Grupo A TARDE, chega cercada de expectativa neste domingo, 17, em meio a um momento de grande tensão das campanhas políticas, com a proximidade das convenções partidárias e do início da propaganda política em rádio e TV.

A pesquisa produziu uma amostragem sobre o comportamento do eleitor baiano em relação aos candidatos à Presidência da República, ao Governo do Estado e ao Senado, com cruzamento de dados que considera o perfil do eleitorado em diversos aspectos - social, econômico e religioso, entre outros.  

Com atuação em vários estados do País, e única empresa de pesquisa brasileira com forte desempenho internacional, a AtlasIntel desenvolveu um inovador método de captação de dados, com extrema capacidade de precisão em aferir as preferências do eleitor.

Se tradicionalmente os institutos de pesquisa brasileiros produzem amostragem por meio da entrevista presencial ou por ligação telefônica, a AtlasIntel utiliza a coleta web. A metodologia possibilita que os entrevistados respondam ao questionário de forma remota e anônima, clicando em publicidade digital, dentro de um sistema de algoritmos interativos que consideram variáveis como sexo, faixa etária, nível educacional, de renda e de região.

Desta forma, a pesquisa obteve a opinião de 1.683 eleitores de 322 municípios da Bahia, num processo de calibragem capaz de evitar sub-representações de grupos específicos, possibilitando maior precisão dos resultados em relação à realidade.

Fidelidade

Para o CEO do instituto, o Ph.D. em Ciência Política Andrei Roman, uma das vantagens deste método é impedir o impacto provocado pela interação humana no momento da entrevista. Como a coleta de informações ocorre sem a necessidade de um entrevistador, quem responde ao questionário o faz sem ser influenciado e de modo mais fidedigno, evitando distorções.

“Há pessoas que são mais tímidas, por exemplo, e com uma frequência maior vão se declarar indecisas, mesmo quando elas têm uma tendência de fato a apoiar certo candidato. Vai ocorrer também, talvez, vergonha de declarar o voto por conta do ambiente onde está sendo realizada a pesquisa, como comprovado nos Estados Unidos, onde o voto em Trump foi sub-representado", explica.

Roman destaca ainda que a coleta web possibilita um maior refinamento, incorporando mais questionamentos, sem que isso cause cansaço ao entrevistado, já que não depende de uma segunda pessoa para marcar as respostas.

Sub-representações

Toda pesquisa eleitoral tem desafios para evitar distorções, apresentando cenários completamente opostos à realidade que se confirma depois nas urnas, como foi o caso de algumas eleições recentes na Bahia. Quando Jaques Wagner e Rui Costa, ambos do PT, foram eleitos pela primeira vez para o governo estadual, os institutos de pesquisa iam na contramão e apontavam a vitória dos adversários no primeiro turno.  

Para Roman, esse fenômeno pode ser explicado principalmente pela falta de calibragem das amostras em termos demográficos. “Isso ocorre quando você acaba sub-representando certos grupos. Quando está sub-representado algum tipo de variável que não está contemplada em critérios de representatividade. A mais óbvia é a renda. Em geral, não calibram por renda, mas tem inúmeras outras”, diz.

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