Suspeito de ataque a drone contra Lula é preso em Minas Gerais
Agropecuarista já tem condenações por estelionato e roubo em dois estados diferentes
A justiça de Uberlândia (MG) determinou a prisão do homem suspeito de participar do ataque com drone no ato que reuniu o ex-presidente Lula (PT) e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), pré-candidatos a presidência e ao governo de Minaa Gerais, respectivamente.
O agropecuarista Rodrigo Luiz Parreira, 38, foi preso no sábado, 2, a pedido do MPF (Ministério Público Federal), que investiga o caso. A prisão foi decretada pelo juiz Osmar Vaz de Mello da Fonseca Júnior da Terceira Vara da Subseção Judiciária de Uberlândia e ocorreu pela aquisição irregular de armas de fogo identificada pelo MPF durante as investigações. O agropecuarista está no Presídio Uberlândia 1.
Parreira já tem condenação por estelionato em Minas Gerais e por roubo em Goiás. Na sexta-feira, 1, foram realizadas buscas e apreensões em endereços atribuídos ao agropecuarista. No pedido de prisão preventiva feito à Justiça, o MPF disse que houve falsificação de documentos para a compra de armamentos.
O MPF informou ainda à Justiça que, durante as buscas, Rodrigo tentou destruir provas, se livrando de um telefone celular, e que uma das armas registradas em nome do agropecuarista, um fuzil modelo 7022 calibre 22 LR, não foi localizado.
O advogado do agropecuarista, Benedito dos Reis Vieira, afirmou que a defesa só se manifestará pessoalmente. O ato com Lula e Kalil em Uberlândia aconteceu no dia 15 de junho. Foi primeira aparição conjunta depois do anúncio da aliança dos dois partidos em Minas Gerais para a disputa das eleições de 2022.
Rodrigo e outros dois homens utilizaram o drone para lançar um líquido que seria veneno para matar moscas sobre militantes que aguardavam o início do ato. O produto é utilizado no meio rural em estábulos, por exemplo. Atingidos afirmaram que o líquido tinha cheiro de fezes e urina. Os três foram detidos em flagrante no dia do ato por uso irregular de drone e liberados depois de assinarem um termo circunstanciado de ocorrência. Não havia licença para a operação do aparelho, que foi
apreendido.