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Irmão de petista morto discorda da conclusão da Polícia Civil

No dia 12, Donizete participou de uma chamada de vídeo com o presidente Jair Bolsonaro

Publicado sábado, 16 de julho de 2022 às 12:31 h | Atualizado em 16/07/2022, 12:46 | Autor: Da Redação
Velório do  tesoureiro do PT morto em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda
Velório do tesoureiro do PT morto em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda -

Luiz Donizete Arruda, irmão do tesoureiro do PT morto em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, discordou da conclusão do inquérito da Polícia Civil do Paraná (PC-PR) na sexta-feira, 15, que descarta crime político no assassinato. 

“Foi um crime político porque ele [Jorge Guaranho] viu uma decoração que era de esquerda, que tinha a imagem do ex-presidente [Lula], e que caracterizava uma simpatia do PT do meu irmão, e que era um adversário, enquanto eram pessoas de bem”, disse Donizete em entrevista à RPC.

O autor dos disparos, Jorge Guaranho, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. 

No dia 12, Donizete participou de uma chamada de vídeo com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na entrevista à RPC, o irmão de Marcelo rebateu a versão da defesa de Guaranho, que alega que o conflito começou quando o policial, apoiador de Bolsonaro, fazia uma ronda no clube onde o crime aconteceu.

"E outra coisa: situação de uma ronda. Se o cara vai fazer uma ronda no local, chega lá e está tudo tranquilo, são pessoas de bem, as pessoas não estão vandalizando, não tem briga, não tem discussão, o que um cidadão normal faz? Manobra seu veículo e vai pra casa [...] Mas como era uma decoração adversa ao viés politico dele, ele resolveu tirar satisfação com os convidados, inclusive com meu irmão", afirmou.

Donizete disse que espera um "aceno de paz" entre Bolsonaro e Lula. Ele afirmou ainda, que só aceitaria o convite de Bolsonaro para ir à Brasília se o presidente fizesse um manifesto condenando a atitude de Jorge Guaranho, exaltando que o irmão foi vítima.

“Eu espero dos dois líderes neste momento, tanto do presidente Bolsonaro quanto do ex-presidente lula, um aceno de paz pra nós [...] Eu gostaria que os dois principais lideres hoje do nosso momento eleitoral fizessem um aceno de paz e mandassem uma mensagem para todos os correligionários deles, e a partir do momento que alguém de qualquer lado, cometer um ato, primeiramente condenar esse ato, porque a partir do momento que um dos dois não se manifestam pedindo pra parar isso aí, acredito que a escalada pode ser catastrófica pra gente”, concluiu.

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