Itamaraty escondeu datas e horários de e-mails sobre negociação de cloroquina
O Ministério das Relações Exteriores omitiu datas, horários e outras informações dos e-mails e telegramas entre o governo federal e empresas, em negociações por compra de cloroquina.
Os dados foram enviados após serem solicitadas pela agência 'Fiquem Sabendo', via Lei de Acesso à Informação, mas as informações principais foram escondidas. Foram requisitadas todas as conversas entre as embaixadas brasileiras, o governo indiano e as empresas responsáveis pela importação do medicamento.
As mensagens estão em evidência após o Estadão revelar que o governo respondeu os e-mail para aquisição de cloroquina em 15 minutos, à noite e também nos fins de semana. Diferente do que foi feito com a Pfizer, fabricante de vacina contra a Covid-19, que o governo demorou mais de dois meses para dar um retorno.
No total, são 54 e-mails que expõem a agilidade no governo em negociar a compra da droga, ineficaz no tratamento contra a Covid-19.
Segundo informações do UOL, as mensagens são assinadas por pelo ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na Índia, Elias Antônio de Luna e Almeida Santos, segundo na hierarquia do posto diplomático.