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Ministros defendem acordos de leniência com empresas citadas na Lava Jato

Publicado terça-feira, 03 de março de 2015 às 21:15 h | Atualizado em 19/11/2021, 06:40 | Autor: Bernardo Caram | Estadão Conteúdo

Ministros do governo Dilma Rousseff defenderam nesta terça-feira, 3, a aplicação de mecanismos para evitar que empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da operação Lava Jato sofram impedimentos em novos contratos com o poder público e acabem demitindo trabalhadores. A defesa foi feita em reunião na Câmara dos Deputados pelos titulares da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Pepe Vargas, do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e da Previdência Social, Carlos Gabas.

Na opinião de Manoel Dias, o que o governo está fazendo, através de acordos de leniência, é buscar que as empresas concluam as obras e gerem empregos. "O povo brasileiro não pode, por irresponsabilidade de alguns, sofrer consequências desastrosas", disse.

Para Carlos Gabas, o governo defende que se investigue os ilícitos e puna os envolvidos. "O que não pode é pegar essa empresa e dizer que ela não pode mais contratar no País", disse. "As maiores empreiteiras estão citadas. As obras vão parar e os empregos vão derreter (se não houver acordo)", completou.

O ministro Pepe Vargas lembrou que o governo dá autonomia aos órgãos responsáveis pelas investigações e julgamentos. Ele também ponderou que deve haver punição, "doa a quem doer", sem que a sociedade seja prejudicada. "Temos o instrumento do acordo de leniência. Isso significa que a empresa reconhece o que fez, devolve o valor, paga multa, mas a empresa é preservada, os empregados são preservados", afirmou.

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