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Ministros, parlamentares e presidenciáveis comentam manifestações do 7 de setembro

Publicado terça-feira, 07 de setembro de 2021 às 12:33 h | Atualizado em 07/09/2021, 12:47 | Autor: Daniel Genonadio e Felipe Viterbo*
O ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas, ACM Neto, afirmou que a atual luta é por tolerância
O ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas, ACM Neto, afirmou que a atual luta é por tolerância -

Em um dia marcado por manifestações bolsonaristas nas principais cidades do país em defesa de pautas antidemocráticas, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a intervenção militar, políticos de todo o Brasil criticaram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Os ministros do STF Alexandre de Moares e Luís Roberto Barroso, que são responsáveis por inquéritos que implicam o presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e apoiadores também se manifestaram. Eles são os principais alvos dos bolsonaristas e do próprio presidente, que chegou a pedir o impeachment de Moraes, no Senado.

"Brasil, uma paixão. Brancos, negros e indígenas. Civis e militares. Liberais, conservadores e progressistas. Desde 88, a vontade do povo: Collor, FHC, Lula, Dilma e Bolsonaro. Eleições livres, limpas e seguras. O amor ao Brasil e à democracia nos une. Sem volta ao passado", disse Luís Roberto Barroso.

"Nesse Sete de Setembro, comemoramos nossa Independência, que garantiu nossa Liberdade e que somente se fortalece com absoluto respeito a Democracia", postou Alexandre de Moraes.

Curiosamente, o principal adversário político de Bolsonaro, o ex-presidente Lula se calou diante das manifestações e pautas golpistas. O seu partido, o PT, sem citar o atual presidente, apenas chamou manifestantes para irem às ruas.

"Hoje é dia de #7SForaBolsonaro e a gente já está indo pra rua sem ódio e sem medo. Nosso grito é pela democracia e pela vida do povo brasileiro, nossa luta é necessária", publicou o PT em sua página no Twitter.

Derrotados na eleição presidencial de 2018, em que Bolsonaro foi eleito, Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL) também se pronunciaram.

"Em um país minimamente democrático, Bolsonaro seria afastado das suas funções e preso. Só pelo espetáculo grotesco de hoje, que avacalha o Brasil diante do mundo", Fernando Haddad, ex-candidato à presidência da República.

"A maioria esmagadora do povo brasileiro é contra qualquer tentativa de golpe. Neste 7 de Setembro renovamos nosso compromisso com a democracia, a paz, o desenvolvimento e a liberdade. Todos sabemos que ditadura é tempestade de dor, miséria e silêncio", Ciro Gomes, ex-candidato à presidência da República.

"Bolsonaro avisou que quer um golpe antes de ser preso. Nossa missão é colocar o genocida na cadeia para salvar o Brasil. Você está com medo, Jair. Também, pudera: Carluxo sentindo o cheiro da cadeia, CPI fechando o cerco e até o 04 pode entrar na dança. Nas suas palavras de ameaça vejo um homem desesperado, mal resolvido, acuado pelo turbilhão dos fatos. Você não vê alternativa a não ser dobrar a aposta, fugir para a frente", Guilherme Boulos, ex-candidato à presidência da República.

Políticos baianos também se posicionaram a favor da democracia. "Um Brasil independente é um Brasil livre do radicalismo, que valoriza a democracia, e não o ódio. Hoje a nossa luta é por tolerância, comida na mesa dos brasileiros, emprego, respeito às diferenças e por um país mais justo e menos desigual", falou ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas.

"Independência é democracia forte, com um governo que respeita às instituições. Independência é soberania nacional, com defesa das empresas públicas e preservação do nosso patrimônio natural", postou o senador pela Bahia, Jacques Wagner.

"A Independência do Brasil veio há quase 200 anos. Para sermos um país independente, devemos ter um povo independente. Para isso, precisamos de um poder público que mire o desenvolvimento econômico, cultural e social da nossa gente", disse o o senador pela Bahia, Otto Alencar (PSD).

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