‘Passou da hora de voltar ao diálogo’, diz Pacheco ao oficializar filiação ao PSD
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, oficializou nesta quarta-feira, 27, sua filiação ao Partido Social Democrático (PSD). O evento ocorreu no Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília. Em seu discurso, Pacheco afirmou que é preciso diálogo para enfrentar os atuais problemas do Brasil e retomar o equilíbrio.
“Já passou da hora de voltar ao diálogo, de retomar o equilíbrio, o desenvolvimento e a paz. Somente através da união de esforços dos agentes públicos é que poderemos fazer respeitar a Constituição, garantindo dignidade, trabalho, moradia, segurança, saúde e educação para a nossa população”, disse.
Pacheco afirmou que “a gravidade do momento que assola nosso país nos impõe uma tomada de decisão” e que o Brasil chegou “ao limite dos extremos”.
“Decisão esta que não é contra quem quer que seja , mas a favor do Brasil e dos brasileiros. O caminho para solucionar as várias crises que estamos enfrentando é a união. Quando falamos em unirmos o país é porque chegamos ao limite dos extremos. A boa política decorre de um trabalho conjunto dos agentes do poder, dos representantes do povo.”
De acordo com Pacheco, os brasileiros estão “cansados e descrentes”. “Estamos cansados de viver em meio a tanta incerteza, a tanta incompreensão e intolerância. Uma sociedade dividida, em que cada um não admite o contrário e não aceita a existência do outro, nunca irá chegar a lugar algum.”
O presidente do Senado afirmou que “não há hipótese de antecipação de disputa eleitoral” e que essa postura “será demonstrada no dia a dia na relação com o governo”.
Pacheco anunciou sua filiação ao PSD na última sexta-feira, 22, a convite do presidente do partido, Gilberto Kassab (SP), disse o senador em sua conta no Twitter
Ele é um dos nomes cotados para a disputa presidencial de 2022 e a fala aconteceu após o ministro da Economia, Paulo Guedes, cobrar a aprovação de reformas e dizer que ele “não pode fazer militância”. Em evento do partido no Rio de Janeiro, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que Pacheco “só não será nosso candidato à presidência da República se não quiser”.