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Petrobras passa por ‘militarização’ após chegada de Silva e Luna

Publicado quarta-feira, 01 de setembro de 2021 às 07:51 h | Atualizado em 01/09/2021, 09:23 | Autor: Da Redação
O general contratou colegas de farda para cargos importantes na estatal, em linha com a “militarização” ocorrida em outras estatais | Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil
O general contratou colegas de farda para cargos importantes na estatal, em linha com a “militarização” ocorrida em outras estatais | Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil -

Presidente da Petrobrás, o general Joaquim Silva e Luna contratou pelo menos seis militares para atuar em postos de apoio à presidência da Petrobras e da Transpetro, a maior subsidária da estatal, desde que assumiu o comando, em meados de abril, revela apuração do jornal O Estado de S. Paulo. 

Em meio à disparada dos preços dos combustíveis no país, o general  contratou colegas de farda para cargos importantes na estatal, em linha com a “militarização” ocorrida em outras estatais e na administração direta federal desde o início do atual governo, em 2019.

Com as novas contratações, o número de oficiais abrigados na cúpula da empresa chega a pelo menos dez, incluindo o próprio Silva e Luna, mais do que o triplo do que havia na gestão anterior.

Fazem parte da lista de novatos o coronel Ricardo Pereira de Araújo Bezerra, o major Ângelo Martins Denicoli e os capitães Luiz Sérgio Mendes e Arceli Pedrozo de Oliveira, contratados como assessores da presidência, além do coronel Jorge Ricardo Áureo Ferreira, chefe de gabinete de Silva e Luna. O sexto integrante do grupo é o almirante Ilques Barbosa Júnior, alocado como assessor da presidência da Transpetro, voltada às operações de importação e exportação de petróleo e produtos derivados, gás e etanol.

A nova tropa se une a outros três militares abrigados na direção da estatal desde os tempos de Castello Branco, por indicação do próprio Bolsonaro, que continuam em seus cargos – o almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que teve seu nome aprovado em assembleia de acionistas realizada na semana passada para seu terceiro mandato como presidente do conselho de administração, o capitão-tenente Carlos Victor Guerra Nagem, contratado para a assessoria da presidência com salário de R$ 55 mil por mês, e o coronel Ricardo Silva Marques, que assumiu a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa.

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