Queiroga diz que tem “sensação de dever cumprido” e que 'não é comentarista de relatório"
Ao ser questionado por jornalistas sobre os crimes que a CPI da Pandemia sugere contra ele, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que tem a “sensação de dever cumprido” e que não é “não é comentarista de relatório”.
"Eu não comento relatório. Não sou comentarista de relatório, sou ministro da Saúde. E como ministro da Saúde, eu cuido da saúde pública do Brasil", afirmou Queiroga, após um evento sobre o Outubro Rosa no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 20.
“Nós temos a sensação do dever cumprido. Porque nós salvamos milhares e milhares de pessoas. Vocês vejam que o MS fez uma campanha que vem conseguindo reduzir, nesse pico da variante Gama, fortemente, o número de óbitos. Chegamos a 4 mil óbitos e hoje nós temos uma média móvel que cai de maneira sustentada”, disse.
De acordo com Queiroga, o trabalho da CPI é de "natureza política" e não interfere no ministério:
"Essas outras questões de natureza política não interferem no Ministério da Saúde. O Ministério da Saúde continua focado no seu objetivo, que é acabar com o caráter pandêmico da Covid-19, cuidar das nossas mulheres que tem câncer de mama, (cuidar de) doenças cardiovasculares.", endossou.
"Eu sou ministro da Saúde e minha função é salvar a vida do povo do Brasil, não só afetado por Covid, mas por outras doenças. Doenças do coração, câncer, etc. Ok?", acrescentou Queiroga ao encerrar a entrevista.
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), sugere no relatório que Queiroga seja indiciado por epidemia com resultado de morte e prevaricação.