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Sem acordo entre bancadas, Câmara adia votação de planos de Cultura e da Criança e Adolescente

Publicado quarta-feira, 01 de dezembro de 2021 às 16:50 h | Atualizado em 01/12/2021, 16:56 | Autor: Rodrigo Aguiar
Bancadas divergem em relação à temática LGBTQIA+ | Foto: Valdemiro Lopes | CMS
Bancadas divergem em relação à temática LGBTQIA+ | Foto: Valdemiro Lopes | CMS -

Mantidas divergências entre as bancadas em relação à temática LGBTQIA+, a Câmara de Salvador adiou as votações do Plano Municipal de Cultura e do Plano Municipal da Criança e do Adolescente, previstas para esta quarta-feira, 1º. Agora, a previsão é de que os textos sejam levados ao plenário na próxima terça, 7.

O Plano Municipal de Cultura tem como relator o vereador Silvio Humberto (PSB), enquanto a segunda matéria é relada pelo vereador Isnard Araújo (PL).

Integrante da chamada bancada evangélica, ou cristã, Isnard afirma que há pontos de discordância de mesmo teor nos dois projetos. Ele diz ainda que outros vereadores, mesmo não religiosos, também estão contrários a alguns temas incluídos nos textos.

"São divergências pontuais de conceitos, princípios, questões pessoais e partidárias. Trata-se de um Plano de Cultura que insere LGBTQIA+ como cultura e há aqueles que entendem que o movimento LGBT não pode ser tratado como cultura. Esse é um dos principais impasses", afirma Isnard.

"Toda pessoa humana produz cultura. O plano não pode ser interditado da complexidade e diversidade das culturas, precisa abraçar e acolher. Para termos uma cidade mais justa, precisamos reconhecer a diversidade das resistências que a habitam", diz a vereadora Maria Marighella (PT).

Líder da oposição na Casa, a vereadora Marta Rodrigues (PT) acrescenta que, além da falta de acordo, o grupo ainda estuda o parecer do relator do Plano Municipal da Criança e do Adolescente. "Recebemos o relatório hoje por volta de meio dia e, como estava ainda com esse debate da Cultura, houve algumas falas em plenário e ficou para o dia 7 [a votação]. Ficou esse entendimento, para não chegar no plenário e tensionar", explica.

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