Projeto de restauração de áreas da Bacia do Rio Utinga beneficia 19 comunidades do interior baiano | A TARDE
Atarde > Portal Municípios > Centro Sul Baiano

Projeto de restauração de áreas da Bacia do Rio Utinga beneficia 19 comunidades do interior baiano

Publicado segunda-feira, 29 de março de 2021 às 11:55 h | Atualizado em 29/03/2021, 12:00 | Autor: Da Redação
Com um investimento de, aproximadamente, R$ 1,5 milhão, o projeto consistiu no plantio de 60.340 mil mudas de espécies de uso frutífero, medicinal, melífero e ecológico.
Com um investimento de, aproximadamente, R$ 1,5 milhão, o projeto consistiu no plantio de 60.340 mil mudas de espécies de uso frutífero, medicinal, melífero e ecológico. -

Comunidades nos municípios de Bonito, Wagner, Utinga, Lajedinho, Rui Barbosa, Lençóis, Iraquara, Andaraí e Nova Redenção foram beneficiadas com a finalização do projeto de Revitalização da Microbacia do Rio Utinga e APA Marimbus/Iraquara, na Chapada Diamantina, executado pelo Governo do Estado, com o plantio de 60.340 mil mudas de espécies de uso frutífero, medicinal, melífero e ecológico, em uma Área de Preservação Permamente (APP) de 110 hectares.

Com um investimento de, aproximadamente, R$ 1,5 milhão, foram beneficiadas 19 comunidades dos municípios citados, formadas por pequenas propriedades da Agricultura Familiar, assentamentos de reforma agrária, comunidades indígenas e quilombolas. O projeto de Revitalização da Microbacia do Rio Utinga e APA Marimbus/Iraquara foi executado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), com apoio da SEMA, e recursos de conversão de multas ambientais.

A área poderá ser utilizada como campo experimental para futuras pesquisas em recuperação de áreas degradadas, de acotrdo com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (SEMA). De acordo com o governo, a restauração foi feita pelo modelo de Sistemas Agroflorestais (SAF), utilizando espécies nativas e espécies que permitem o aproveitamento econômico. 

Ao todo, além do plantio das mudas, o projeto abarcou quatro nascentes protegidas e reflorestadas; implantou dois viveiros de produção de mudas florestais com capacidade de 50 mil mudas por ano, mais de 100 pessoas capacitadas; e realizou o cercamento de 11 km para proteção da área recuperada.

“Este projeto foi resultado das reivindicações de assentamentos do Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento Associativista Indígena Payaya (MAIP), prefeituras, sindicatos e instituições ligadas ao meio ambiente da Chapada Diamantina. Fica um legado para as 19 comunidades rurais beneficiadas ao longo da microbacia do rio Utinga e da APA Marimbus-Iraquara. E não podemos falar em encerramento, pois esse é o primeiro passo para a recuperação dessa área degradada”, ressaltou o secretário estadual do Meio Ambiente, João Carlos.

O chefe de gabinete do INEMA, Welton Rocha, ressaltou a importância desse projeto como um piloto, que possa ser ampliado para outras áreas. “Sabemos que, para a real necessidade que se apresenta, essa área é relativamente pequena, entretanto, o sucesso do modelo implementado pelo Inema serve como referência para que possa ser aplicado em outras áreas e regiões. O Inema continuará à disposição de toda comunidade e lideranças que participaram, dando continuidade a esse projeto com o manejo das mudas”.

Publicações relacionadas