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Festas no São João podem aumentar internações por conta da variante de Manaus

Publicado segunda-feira, 21 de junho de 2021 às 07:45 h | Atualizado em 21/06/2021, 11:07 | Autor: Da Redação
“A tradição junina em nosso Estado é forte, mas para salvar vidas se faz necessário alguns sacrifícios e evitar aglomerações é o principal deles”, alerta Fábio Vilas-Boas.
“A tradição junina em nosso Estado é forte, mas para salvar vidas se faz necessário alguns sacrifícios e evitar aglomerações é o principal deles”, alerta Fábio Vilas-Boas. -

Faltando poucos dias para o São João, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) emitiu um alerta para os 417 municípios sobre os riscos de festas e aglomerações no período. A variante da Covid-19 denominada P1, originária de Manaus, atualmente é responsável por 80% das infecções na Bahia, atualmente.

“A tradição junina em nosso Estado é forte, mas para salvar vidas se faz necessário alguns sacrifícios e evitar aglomerações é o principal deles”, ressaltou o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas.

Os dados sobre a disseminação da variante foram publicados no boletim do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (LACEM-BA), divulgado na sexta-feira (18). O órgão já realizou o sequenciamento de 257 amostras provenientes de pacientes de 98 municípios dos nove Núcleos Regionais de Saúde da Bahia desde setembro de 2020 até 21 de maio de 2021.

Até o momento não foi identificada nenhuma amostra com a variante indiana. Os resultados dos sequenciamentos mostram que o número de linhagens circulantes mudou com o tempo, sendo a variante B.1.1.7, conhecida como variante do Reino Unido, a mais comum no início da pandemia.

“No comparativo mês a mês, vemos o crescimento da diversidade de cepas detectadas no Estado, sendo oito agora. Entretanto, nos meses de fevereiro a maio deste ano, a variante P1 se tornou predominante, sendo a responsável pela aceleração do número de internações e elevação do número de óbitos em todo o Brasil, inclusive, na Bahia”, explicou Vilas-Boas.

O gestor estadual disse, ainda, que menos de 40% dos baianos tomaram a primeira dose, o que significa que o uso de máscara, a higiene frequente das mãos e o distanciamento social continuam sendo as atitudes mais eficientes para evitar a contaminação pelo novo Coronavírus.

A escolha das amostras para o sequenciamento foi baseada na representatividade de todas as regiões geográficas da Bahia, casos suspeitos de reinfecção, amostras de indivíduos que evoluíram para óbito, contatos de indivíduos portadores de variantes de atenção (VOC) e indivíduos que viajaram para área de circulação das novas variantes com sintomas clínicos característicos, como dificuldade de respirar, muito cansaço, SRAG e/ou pneumonia.

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