Após 1º caso de coronavírus no país, especialista afirma: 'Não há necessidade de pânico'
O risco iminente de infecção pelo novo coronavírus ganhou maior repercussão no Brasil após o Ministério da Saúde confirmar, na quarta-feira, 26, o primeiro caso no país. Com o fim do Carnaval, a já tradicional ocorrência de viroses deixa a população em alerta, sobretudo, em meio à pandemia oriunda da China.
Para discutir o tema, o infectologista Claudilson Bastos foi entrevistado, na manhã desta quinta-feira, 27, no programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM, onde foi categórico quanto à sensação de pânico: "Não há necessidade".
No entanto, de acordo com Bastos, a população não pode se descuidar com a higiene pessoal. "Quando você espirra, é automático, você acha que suas mãos estão evitando o contágio, e na verdade está causando o contágio", explicou, orientando que o correto é fazer a proteção durante o espirro com a região do antebraço. Conforme ponderou, a ação não evita o contágio, mas minimiza os riscos.
Questionado sobre os meios para identificar os sintomas do coronavírus e diferenciá-lo dos tradicionais casos pós-carnaval, o infectologista apontou semelhanças entre as enfermidades. "São sintomas de um quadro viral e gripal, agora, de certa forma, é bom saber que na maioria das vezes é uma doença autolimitada, ou seja, ela tem início, meio e fim".
Bastos ainda orientou o uso de máscaras e álcool gel em casos de viagens internacionais. O infectologista também desmistificou a ideia de que o coronavírus seja sinônimo de morte, citando como exemplo a imunidade do paciente de 61 anos detectado com o COVID-19 (novo coronavírus) em São Paulo, que está em internação domiciliar.
O tempo de manifestação do vírus pode ser de até 14 dias, conhecido como período de quarentena.