Veja novo medicamento experimental que curou 18 pacientes nos EUA

Da Redação

Em meio aos avanços no tratamento da leucemia, um novo medicamento experimental tem gerado expectativa entre as autoridades de saúde e pacientes em todo o mundo, já que a droga foi responsável pela remissão completa da doença em 18 pacientes. Desenvolvido pelo MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, o estudo clínico de fase 1/2 administrou uma pílula chamada “revumenib” em 68 pessoas diagnosticados com leucemias agudas avançadas com rearranjos KMT2A ou NPM1 mutante.

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Tendo em vista o resultado promissor, o Portal A TARDE ouviu especialistas sobre a viabilidade do medicamento para o tratamento da leucemia. Para o médico hematologista Alex Pimenta, que atua na Clínica AMO, o novo estudo representa as conquistas e avanços no tratamento do câncer nos últimos anos. O especialista explica que, a partir de um maior entendimento da genética das células do câncer, é possível desenvolver medicamentos mais direcionados aos pacientes.

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“Esse tratamento é mais um exemplo do que a gente vem conquistando em tecnologia em hematologia nos últimos anos. A gente começou a entender melhor a genética das células do câncer e entender qual a vantagem ela tem em relação às células normais, porque elas proliferam mais e invadem outros tecidos. Isso tem a ver com as condições genéticas do câncer, da leucemia. Então, quando a gente consegue compreender as modificações no DNA dessas células e essas vantagens, a gente começa a tentar fazer tratamentos mais direcionados e específicos. Então, esse medicamento é um desses tratamentos", pontua o hematologista.

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O médico hematologista Jairo Sobrinho, que é responsável técnico pelo serviço de Transplante de Medula e Terapia Celular do Hospital Santa Izabel e Clínica NOB, do Grupo Oncoclínicas, também considera que o medicamento é mais uma contribuição importante para o tratamento de pacientes com leucemia. Segundo o especialista, os resultados são animadores para a continuidade do estudo considerando o potencial de inibição da proteína que se liga às alterações genéticas que podem provocar a doença.

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A engenheira civil e designer de interiores, Caroline Porto, 37, conta que recebeu o diagnóstico de leucemia aos 14 anos e passou por sessões de quimioterapia até a remissão da doença. Moradora da cidade de Planalto, no sudoeste da Bahia, a ex-paciente relembra os desafios na detecção do quadro e dificuldades no tratamento. Durante o processo, Caroline vinha para Salvador e contava com o suporte do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), que é uma associação que oferece assistência psicossocial, médica e financeira às crianças e adolescentes com câncer.

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