O Comitê Olímpico Internacional (COI) deve se posicionar neste domingo, 24, de forma oficial e final, sobre o banimento de toda a delegação russa da participação dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro por conta da falta de controle sobre o doping consistente dos atletas.
Na última quinta-feira, a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) confirmou o banimento do atletismo russo em última instância, frustrando atletas consagrados - como a bicampeã olímpica Yelena Isinbayeva, no salto com vara. Ela disse que a decisão "enterrou o atletismo".
Com a decisão do CAS, a tendência é que o COI acompanhe a mesma linha para toda a delegação russa, com atletas de todas as modalidades. A expectativa é que o banimento se confirme, mas que atletas que tenham a 'ficha limpa' possam competir sob alguma bandeira neutra.
As únicas atletas russas nestas condições até o momento, e que poderiam competir na Rio-2016, são Darya Klishna, do salto em distância, que já vive alguns anos nos Estados Unidos e é submetido ao controle de doping da agência americana; e Yulia Stepanova, dos 800m - que é a delatora do esquema de doping russo que resultou na punição imposta pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF).
A comissão executiva da entidade se reunirá, através de uma conferência telefônica de seus representantes. A própria entidade estabeleceu um prazo de até quarta-feira para divulgar a decisão, a nove dias da cerimônia de abertura.
Direitos humanos?
O presidente do Rússia, Vladmir Putin, reafirmou que se trata de um caso de direitos humanos e sugeriu que vai recorrer a um tribunal específico para tentar mudar a decisão.
Isinbayeva também seguiu nessa mesma linha: "Há bastante material para recorrer da decisão do CAS. Se esse recurso for rejeitado, irei mais longe, até um tribunal internacional de direitos humanos para demonstrar que não estava envolvida", declarou.