A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor do pedido encaminhado ao órgão pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária do bolosnarista Ivan Rejane Fonte Boa Pinto.
Ele foi detido em Belo Horizonte na última sexta-feira, 22, por divulgar vídeos com ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ameaças de morte a ministros da Corte.
"Diante do exposto, a Procuradoria-Geral da República manifesta-se favoravelmente à prorrogação do prazo da prisão temporária de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto por mais 5 (cinco) dias”, diz decisão da PGR.
O pedido original é da Polícia Federal (PF), que afirma que o material que foi apreendido junto ao homem, em Belo Horizonte, ainda está em fase de análise e, por isso, é necessário que o prazo da prisão seja ampliado. O intuito, segundo os investigadores, é “obter elementos informativos que possam ser confrontados com as hipóteses criminais enunciadas”.
"A liberdade do custodiado pode causar sérios prejuízos à investigação, com possível supressão de provas, que podem ser localizadas com o término do exame do material apreendido ou mesmo a comunicação com outros membros do grupo, ainda não identificados, acarretando a ineficácia das medidas investigativas", argumentou a PF.
Entenda o caso
Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, 46 anos, foi preso pela Polícia Federal após ameaçar nominalmente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o ex-presidente Lula, além de políticos da esquerda. Em um vídeo, no qual destaca a data de 7 de setembro de 2022, ele se dirige de forma agressiva aos magistrados. “Sumam do Brasil. Nós vamos pendurar vocês de cabeça para baixo”, disse.
Conhecido como Ivan Papo Reto tentou resistir à prisão, decretada na quarta-feira, 20, a pedido da Polícia Federal, mas acabou sendo levado pelos agentes.
Antes de ser preso, ele chegou a gravar um vídeo debochando de Moraes. O ministro determinou ainda a busca e apreensão de “armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos” em poder de Ivan.
Também a pedido de Moares, as redes sociais de Ivan, Twitter, YouTube e Facebook, foram bloqueadas. Um grupo do Telegram que ele administrava também foi fechado.