A TARDE TALKS
Criador do Abadá: “o Carnaval, por essência, era anárquico”
Pedrinho da Rocha deu uma entrevista ao A Tarde Talks, programa que faz parte da grade do A TARDE Play
![Pedrinho da Rocha falou também sobre a mudança nas letras das músicas](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1250000/1200x720/Criador-do-Abada-o-Carnaval-por-essencia-era-anarq0125961000202402201009-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1250000%2FCriador-do-Abada-o-Carnaval-por-essencia-era-anarq0125961000202402201009.jpg%3Fxid%3D6121763%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720902195&xid=6121763)
O publicitário Pedrinho da Rocha, conhecido por ser o criador do abadá e por introduzir mudanças significativas na estética do Carnaval de Salvador, fez uma comparação da festa momesca de antigamente com a atual. Segundo ele, a essência da folia foi perdida.
Em entrevista ao A Tarde Talks, programa que faz parte da grade do A TARDE Play, ele pontuou que é necessário “reconhecer a história”.
O futuro é inexorável, mas é importante ter uma visão crítica, até para poder criar caminhos novos. Eu acho que o poder público interviu bastante [no Carnaval]. O Carnaval, por essência, ele era anárquico. Para mim, a Mudança do Garcia era o símbolo maior do carnaval baiano.
Na ocasião, Pedrinho disse que essa essência foi perdida. “A gente fez coisas no Carnaval que [se fizéssemos] hoje seríamos processados. Essa essência a gente foi perdendo com o tempo porque o poder público tomou conta do processo”, pontuou o publicitário, o qual continuou: “Hoje, os blocos são sufocados. Eu sei que é uma forma do carnaval subsistir, mas acho que tem que ter um caminho”.
“Sacanagem” nas letras
Pedrinho da Rocha falou também sobre a mudança nas letras das músicas que costumam agitar a festa e que são mais explícitas e com teor sexual em destaque.
A sacanagem sempre houve, mas não predominava, tinha também outras coisas. Hoje predomina só o lado vulgar, antes não, predominavam também outras coisas. O que eu vejo hoje é que a vulgaridade não é criativa. Fica um vulgar pelo vulgar. Não tem criatividade. [...] Tem a ver com o processo cultural.
Assista à entrevista completa:
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