SALVADOR
Evento-teste é 'marco' da retomada para profissionais do entretenimento
![Centro de Convenções sedia evento teste para 500 convidados | Foto: Valter Pontes/ Secom](https://cdn.atarde.com.br/img/2021/08/1200x720/centro-de-convencoes_2021826171615519-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2F2021%2F08%2Fcentro-de-convencoes_2021826171615519.jpg%3Fxid%3D4934611%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721157352&xid=4934611)
Salvador realiza nesta sexta-feira, 27, um evento-teste para 500 convidados, no Centro de Convenções. Este é o primeiro passo para a retomada do setor, que foi o primeiro a parar com a chegada da pandemia da Covid-19. São cerca de 17 meses e, agora, com este evento, o setor começa a delimitar o futuro do entretenimento em Salvador. Durante a live do #ATARDECONECTA nesta quinta-feira, 26, nomes ligados à área se mostraram animados com a situação.
O secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Fábio Mota, considerou "devastadores" os impactos deste período ao setor. Ele pontuou que houve esforços, mas a prefeitura não seria capaz de suprir as necessidades da categoria. Segundo Mota, o evento-teste marca um novo momento para a cidade e vai possibilitar a prospecção e o futuro do entretenimento.
"Salvador tem dependência muito grande do turismo, é a capital que mais sofreu. Outras capitais tem outras ações fortes, nosso foco está em cultura e turismo. Agora é um momento novo e todos estamos esperançosos que comece assim uma retomada de verdade. É o evento da esperança, a partir de agora será possível planejar. É um momento novo, depois de mais de um ano e meio, de esperança para o setor. Daqui para frente, teremos novos eventos dentro desse novo normal", pontuou.
O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, apresentou dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que apontam que mais de 30 setores econômicos são alimentados pelo entretenimento, turismo e cultura. Ele lembrou que outros setores tiveram as atividades retomadas sem a necessidade de teste prévio.
"Considero momento de extrema importância, talvez até histórico. Não estamos dizendo que, na semana que vem, já pode evento com mil, duas mil, três mil pessoas. Estamos dizendo que estamos fazendo o evento com bastante protocolo e, quem sabe, deste surgirá o novo para que possamos retomar gradualmente. Em breve, a gente pode estar aqui debatendo não mais o passado, os problemas, prejuízos, e sim a realização do nosso verão, Carnaval, Festival da Virada e por aí vai", afirmou.
![Imagem ilustrativa da imagem Evento-teste é 'marco' da retomada para profissionais do entretenimento](https://cdn.atarde.com.br/img/2021/08/724x500/atardeconecta_2021826171615538-1.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2F2021%2F08%2Fatardeconecta_2021826171615538.jpg%3Fxid%3D4934613&xid=4934613)
Moacyr Villas Boas, presidente da Associação Baiana das Produtoras de Evento (Abape) e Diretor da Allcance Comunicação, afirmou estar esperançoso com a retomada do setor de eventos na capital baiana. "Esse evento está aí para mostrar que é possível, sim, fazer uma retomada", disse. Ele afirmou que os números dos impactos causados pela interrupção ao setor ainda não foram devidamente catalogados.
"Qualquer número que a gente cite é a ponta do iceberg. A pandemia ainda está aí e ainda não conseguimos retornar às nossas atividades. Temos a esperança de voltar a partir de agora. Quando houve aquela mobilização da sociedade em torno do fechamento da Ford na Bahia, o setor de eventos já havia perdido empregos equivalentes a 80 fábricas daquela", comparou.
O presidente da Associação Brasileira de Entretenimento – Bahia (Abre-BA) e sócio-diretor do Camarote Marketing, Clínio Bastos, também participou do debate. Ele pontuou que, segundo dados oficiais, a Bahia tem mais de 4 mil das 78 mil empresas voltadas ao entretenimento, que geram 440 mil empregos diretos.
"Então, você consegue visualizar aí o tamanho do impacto. Nosso setor é responsável por 4,5% do PIB nacional. Estamos há mais de um ano paralisados, não sabemos o tamanho do estrago. Não sabemos quantas dessas empresas terão saúde para retornar". Ele lembrou do São João, que não foi realizado em 2021, pela segunda vez consecutiva, e representa importância similar ou maior à do Carnaval.
"Costumo dizer que o São João é maior que o Carnaval em suas capilaridades. Ele ocorre, praticamente, em todos os municípios. Nós estamos há dois anos sem ele. A data do São João para o interior é muito mais importante que o Carnaval, pois gera a segunda maior receita do município, pós-festejos natalinos".
A discussão foi mediada pelo jornalista Osvaldo Lyra. A íntegra da live #ATARDECONECTA está disponível a seguir:
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