SALVADOR
Obras do BRT tiram o sono de moradores no Engenho Velho da Federação
"Eles começam muito cedo e trabalham a noite toda", conta um morador
![Obras são realizadas durante a madrugada](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1200000/1200x720/Artigo-Destaque_01206146_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1200000%2FArtigo-Destaque_01206146_00.png%3Fxid%3D5556987%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721427923&xid=5556987)
Uma lei municipal de Salvador, sancionada em 1998, restringe a emissão de "sons e ruídos decorrentes de qualquer atividade desenvolvida no Município". O objetivo é "garantir a saúde, a segurança, o sossego e o bem estar público". Entretanto, quem vive no Engenho Velho da Federação está longe de alcançar este sossego. Isso porque as obras do BRT são realizadas durante a madrugada e o barulho causado pelo maquinário e os veículos impede o sono dos moradores da rua Dr. Rômulo Serrano.
O caso, inclusive, é tema de uma ação judicial movida por um morador, pai de um bebê, que tem enfrentado a supressão do seu direito ao bem estar e não tem conseguido dormir à noite há alguns meses.
Na última semana, o prefeito Bruno Reis afirmou que as obras do BRT "estão a todo vapor". Segundo ele, a partir de 23 de setembro serão iniciadas as operações em fase de teste. Antes, outra previsão dava conta de que o sistema começaria a operar em fevereiro.
Também afetado pelo problema, o ator Antonio Fábio lembra que, durante os dois anos anteriores ao início das obras do modal, a construção de um hospital também trouxe dor de cabeça. "Quando acabou, começou esse inferno do BRT. Eles começam muito cedo e trabalham a noite toda".
"Britadeira martelando estrutura metalica, alarme das máquinas em ré, caminhões carregados, chão sendo furado. Eles não respeitam os moradores", conta.
Pedidos foram feitos à Prefeitura, mas segundo Antonio, foram ignorados. "Preferem não responder".
A revolta do morador começou assim que as obras foram anunciadas, quando ele protestou contra o número de árvores derrubadas. Ele afirma que o modal é obsoleto. "Qualquer engenheiro urbanista sabe que é um modal ultrapassado. Feio, poluidor, caro, ecossida".
Na tentativa de afastar o barulho, Antonio fecha portas e janelas mas, ainda assim, o incômodo não é reduzido.
O Portal A TARDE pediu à Superintendência de Obras Públicas do Salvador explicações sobre o problema. Entretanto, até o momento, segue aguardando o posicionamento do órgão.
Para mostrar o impacto dos ruídos à rotina, os moradores gravaram vídeos da situação. Confira:
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