SALVADOR
Réplica da caravela Nina navega na Baía de Todos os Santos
Da Agência Estado
Cenário de muitas batalhas no período da colonização, a Baía de Todos os Santos recebeu uma visita hoje que remeteu a região ao passado: uma réplica da caravela Nina (da frota de Cristóvão Colombo). Batizada de Santa Clara II navegou nas águas mansas da baía e lançou âncoras no terminal turístico Bahia Marina no início da tarde.
Ao contrário da fracassada Nau Capitânia, construída por uma equipe carioca para as comemorações dos 500 do Descobrimento que não conseguiu navegar, a Santa Clara II fez sua primeira viagem (de cerca de sete horas) com sucesso entre o Estaleiro Nicholson, na cidade de Valença, sul da Bahia, onde foi construída, até Salvador, onde ficará atracada até o dia 15.
De acordo com o 1º Oficial da tripulação César Sarmento, a viagem foi tranqüila e sem maiores contratempos. "Navegamos em média a 75 nós com os dois motores e a vela latina", disse, explicando que em Salvador serão instaladas mais duas velas quadradas para completar o sistema.
A embarcação de 26 metros de comprimento por sete de largura, foi construída pela equipe do engenheiro naval inglês radicado na Bahia Ralph Nicholson sob encomenda da Morgan Sanger Columbus Foundation (Fundação Columbus), com sede no Caribe, e custou R$ 2 milhões. É a segunda caravela que o engenheiro constrói para a fundação.
A primeira, feita para as comemorações dos 500 anos do Descobrimento da América, foi usada nas filmagens da fita "1492" sobre a viagem de Cristóvão Colombo ao "Novo Mundo" e também era uma réplica da Nina. Sarmento, funcionário da Fundação Columbus, também navegou na primeira caravela e está no Brasil exatamente para levar a segunda ao Caribe. "Acho que a Santa Clara II é mais fácil de manobrar", disse.
A embarcação foi construída com madeira de lei e fibra de vidro, mas todo o acabamento simula o padrão das caravelas do século 16. Depois de passar um período em Salvador, a Santa Clara II seguirá para Punta Del Leste, no Uruguai. Depois, passa pelo Rio de Janeiro onde deve ser usada nas filmagens de uma obra de época para a televisão e zarpa para as Ilhas Cayman, no Caribe, passando por várias cidades litorâneas brasileiras.
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