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Por Jornalista l [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado Saturday, 28 de January de 2017 às 10:00 h | Autor: Jornalista l [email protected]

Cautela letal

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Se o Bahia não melhorar seu poderio ofensivo, os triunfos na Série A não virão
Se o Bahia não melhorar seu poderio ofensivo, os triunfos na Série A não virão -

O Bahia está apenas em seus terceiro jogo na temporada. Na verdade, contando que na Florida Cup o time titular só atuou por 45 minutos em cada um dos dois jogos, o empate em 0 a 0 com o Fortaleza, anteontem, foi uma espécie de segunda apresentação da equipe. Seria irresponsável da minha parte condenar a qualidade do futebol em início de temporada, já que o elenco não está 100% fisicamente e, consequentemente, tecnicamente. Mas se acho que eu seria injusto e precipitado ao analisar a performance do Tricolor neste aflorar de 2017, por outro lado me sinto bastante confortável para criticar a postura do clube em campo e a estratégia adotada pela comissão técnica para conquistar vitórias.

Já elogiei aqui o fato de o Bahia ter mantido sua base de 2016. Falei também que, apesar do risco, via com bons olhos o plano de contratar atletas em ascensão no futebol brasileiro, tendo em vista uma equipe forte em médio e longo prazos. O que não consigo 'comprar' é a ideia de que o Tricolor obterá sucesso na atual temporada usando a mesma estratégia adotada na última Série B, onde após passar a diminuir os espaços, manter o controle da bola e expor o mínimo possível sua defesa, a equipe começou a vencer e conseguiu o acesso com merecimento.

O problema é que os triunfos (a grande maioria ’caseiros’) não vieram com tranquilidade. O Bahia ataca muito pouco e não tem um conjunto de atletas incisivos ofensivamente. Goleador, apenas Hernane, e olhe lá. Entre atacantes, meias e volantes, somente Juninho chuta bem de longa distância. Além disso, o time cruza muitas bolas na área, mas lá quase não há quem dispute as jogadas de cabeça.

A cautela em excesso funcionava na Segundona por conta da fragilidade dos adversários. O Bahia vencia porque, coletivamente e individualmente, era melhor que seus oponentes. Na Série A, contudo, a história será diferente. Se não aumentar seu poderio ofensivo, os triunfos não virão. O clima de zero a zero eterno que ronda os jogos do Tricolor tenderá a se concretizar nos duelos em casa. Longe de Salvador, a estratégia poderia até dar mais resultados, mas aí falta ao time jogadores de velocidade e treinamento para atuar eficientemente nos contra-ataques. Não à toa, o Tricolor venceu apenas três vezes na limitada Série B.

Com o elenco que está aí, nem com 100% de sua forma física e técnica, o Bahia não terá êxito mantendo essa estratégia. Precisa de contratações de maior porte ou de mudar seu plano de jogo. Já que o orçamento não o deixa em condições de brigar com os 'grandes', é preciso trabalhar melhor com suas limitações e entender melhor o contexto desta nova temporada. Espero que Guto Ferreira tenha isso em mente, mas minhas suspeitas é de que seguiremos vendo em campo este pouco produtivo futebol de convicções.

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