Conheça a história da retirada de peças sacras de um acervo policial
A TARDE auxiliou a luta para saída de coleção ligada às religiões afro-brasileiras de unidade da SSP
![Objetos ficavam expostos em meio a armas e outros artefatos relacionados ao crime. Data: 27/8/1988.](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1210000/724x500/Artigo-Destaque_01212596_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1210000%2FArtigo-Destaque_01212596_00.jpg%3Fxid%3D5632080%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720702350&xid=5632080)
Cleidiana Ramos
Até 1997 uma coleção de peças relacionadas à prática das religiões afro-brasileiras ficou exposta no Museu Estácio de Lima nas dependências do Departamento de Polícia Técnica (DPT). Um movimento que teve a participação de lideranças do candomblé, com o apoio do Ministério Público, conseguiu retirar as peças do local. Mas em 2010, por um triz, elas não foram novamente expostas. Detalhes desse movimento foram contados por A TARDE, especialmente em duas reportagens de 2010 que denunciaram o retorno e assim ajudaram a impedir essa nova exposição.
As peças serão doadas ao Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia (Mafro-Ufba) pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), que assumiu a guarda no lugar da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Essa história está diretamente ligada ao período em que as religiões afro-brasileiras foram perseguidas pela polícia e, por isso, a importância de um tratamento mais adequado para esse acervo como tem acontecido desde a chegada dele ao Mafro.
Conheça mais detalhes sobre essa história na coluna A TARDE Memória, um projeto multimídia do Grupo A TARDE com inserções em A TARDE FM (às sextas-feiras), jornal A TARDE (aos sábados) e Portal A TARDE. O conteúdo de memória social também está no projeto REC hospedado no Youtube. Os dois projetos trazem informações baseadas no acervo do Cedoc A TARDE.
Confira a entrevista do professor Ordep Serra sobre a batalha em apoio ao povo de santo para a retirada das peças do Museu Estácio de Lima na seção do REC intitulada Senta que temos história.