As mudanças climáticas não são expectativas. Já chegaram
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
![SALVADOR / MASSA/ PORTAL
Chuva em Salvador
Na foto: Largo da Calçada
Foto: Mila Souza/ Ag. A TARDE
Data: 20/02/2024](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1260000/724x500/As-mudancas-climaticas-nao-sao-expectativas-Ja-che0126008100202402222233-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1260000%2FAs-mudancas-climaticas-nao-sao-expectativas-Ja-che0126008100202402222233.jpg%3Fxid%3D6124835%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721160468&xid=6124835)
Sóstenes Macedo, o homem que transformou a Coordenação de Defesa Civil de Salvador (Codesal), agora Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Salvador (Cemadec), numa referência nacional (com pleno aval de ACM Neto e Bruno Reis), carimba uma notícia de que todos já desconfiam:
— As mudanças climáticas não são uma expectativa. Elas já chegaram.
Ele cita, por exemplo, que os meses mais chuvosos em Salvador, por exemplo, são março, abril e maio. Em fevereiro, a média histórica de chuva é de 98.7 mm. Este ano bateu 281 mm, 285% a mais que o esperado. Em Rio Sena, um dos 14 pontos de Salvador considerados de maior risco, chegou a 284 mm.
Sem tragédias —Sóstenes, que também é presidente do Fórum Nacional de Secretarias de Defesa Civil das Capitais, aqui trabalha com uma equipe que tem Francisco Costa Jr com coordenador de contigências e Gabriela Morais como coordenadora de Prevenção, que em dias chuvosos fica alerta 24h.
Eles pilotam o pessoal da metereologia, estatísticas, hidrologia e geologia. Apesar das condições climáticas se agravarem, na capital baiana desde 2016 não há tragédias.
Entre a seca e a tempestade
No fim do ano passado quase 200 municípios baianos estavam em situação de emergência por causa da seca, agora de 45 intensamente atingido pelas chuvas, 35 já decretaram emergência.
De 40 municípios reconhecidos como emergência pelo Ministério da Integração, 13 são baianos, todos por conta da seca, mas a água está chegando lá. Feira de Santana e região viram chuvas como nunca.
Chuvas são bem-vindas
Mas apesar dos estragos causados pelas chuvas, tem quem bata palmas para elas, como o deputado Eures Ribeiro (PSD), ex-prefeito de Bom Jesus da Lapa, onde a seca muito castigava.
— Graças a Deus que choveu e choveu bem. A situação estava muito difícil.
A Lapa fica às margens do São Francisco, mas a maior parte da zona rural é sertão pleno e não tem infraestrutura para puxar a água.
Arimatéia no páreo em Feira
O deputado Zé de Arimatéia (Republicanos) conversou longamente semana passada com o ex-prefeito Zé Ronaldo, o candidato do UB à Prefeitura de Feira de Santana, mas esta semana reafirmou o que sempre disse: é candidato.
O pessoal de Zé Neto (PT), o outro Zé da parada, adorou. Acha que quanto mais a base do entorno do prefeito Colbert Martins (MDB), que já tem no páreo o deputado Pablo Roberto (PSDB), se dividir, melhor.
Jerônimo vai a Alagoinhas, mas a política fica de lado
Conforme o previsto, Jerônimo foi ontem a Alagoinhas, inaugurou obras e deu ordem de serviço para a construção do Hospital Regional, um projeto de R$ 161 milhões, mas no plano político, quem esperou ele anunciar a união do advogado Gustavo Carmo (PSD), candidato do prefeito Joaquim Neto, com o PT, frustrou-se. O PT, que tem o sindicalista Radiovaldo Costa como pré-candidato, ainda vai se reunir amanhã para decidir o que fazer. Ontem se dizia que é possível que haja a união, mas nada está decidido.
O ex-prefeito Paulo Cézar (UB), líder nas pesquisas), assiste a tudo de camarote e diz que para ele tanto faz ter união ou não.
—Seja qual for o cenário, é uma eleição difícil.
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