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02/02/2023 às 6:15 - há XX semanas | Autor: Eugênio Afonso

CULTURA

Exposição de Eliezer Nobre segue em cartaz na Aliança Francesa

Entrada é gratuita e está disponível até o dia 25 de fevereiro

Eliezer diz que exposição é uma revelação de própria identidade
Eliezer diz que exposição é uma revelação de própria identidade -

Responsável por emoldurar e embelezar inúmeros espaços comerciais e residenciais da capital baiana com seus mosaicos coloridos, o arquiteto e artista visual cearense Eliezer Nobre, 60, está com a exposição Espiral na galeria da Aliança Francesa (Ladeira da Barra) aberta até o dia 25 de fevereiro. A entrada é gratuita.

Segundo o próprio artista, o nome da mostra foi escolhido porque representa uma forma ascendente circular, além de ser uma metáfora do seu processo criativo e artístico. Para quem ainda não associou o artista à obra, é dele o mural do edifício Torre Barcelona (Corredor da Vitória) – uma releitura do Parque Guell, obra do catalão Antoni Gaudí. Com área artística de 1.200m², há quem decrete ser esse o maior mosaico da América Latina.

Em Espiral, Eliezer expõe 46 obras – mosaicos, pinturas, ilustrações, aquarelas, esculturas – produzidas com uma paleta diversificada de matérias primas, como pastilhas italianas com bolhas de ar, brita, gravilhão, vidro, conchas, espelhos, porcelanato, nanquim, tinta acrílica e a óleo.

Cearense de nascimento e baiano de alma, como ele mesmo se autodefine, Eliezer diz que suas obras permeiam o abstrato, o surreal e o figurativo e que um dos objetivos da mostra é criar um vínculo entre as culturas francesa e baiana/brasileira.

“Espiral é uma radiografia do percurso para chegar onde estou. É mais um dos elos que estão em processo de uma nova busca, um novo movimento. Ela é uma revelação da minha identidade artística e como ser humano”, conta Nobre.

Ele diz ainda que o visitante vai encontrar mosaicos em diversas técnicas. “Tem uma santa bizantina no estilo mais acadêmico, mais clássico, em contraponto com um painel preto e branco super contemporâneo e com o cosmos, um mosaico de explosão de formas circulares que dá a sensação que está gerando movimento, explodindo. Tem também aquarelas, peças de nanquim”.

Durabilidade e beleza

Christian Djour, diretor da Aliança Francesa, diz que o objetivo da exposição é valorizar o trabalho de artistas locais e criar um diálogo intercultural. Ele confessa admirar muito o trabalho de Eliezer. “Gosto da capacidade dele de explorar e questionar através da arte. Ele traz a experiência de vida na arte dele. Eu, pessoalmente, gosto muito dos mosaicos e das esculturas”, pontua Djour.

De fato, o mosaico é o trabalho mais (re)conhecido de Eliezer, e segundo o próprio artista, essa arte decorativa milenar se sustenta no tripé harmonia, durabilidade e beleza, e além de ser revestimento, é arte.

“Ele contribui trazendo essa linguagem mais perene, gerando mais durabilidade para a arquitetura, para o projeto urbanístico. Se você tem um banco, em vez de fazê-lo simplesmente com granito ou concreto e cria um mosaico, ele passa a ser uma escultura funcional”, destaca Nobre.

Consolidado no mercado de artes como mosaicista, Eliezer diz que transita cada vez mais por outras técnicas.

“Estou trabalhando com pintura sobre couro sintético, veludos texturizados. Nessa exposição, mostro essa diversidade de linguagens. Busco me expressar não somente com um conteúdo estético, mas com uma mensagem subliminar que tem um conceito de reflexão. Minha arte é uma manifestação muito sutil da minha alma, do meu ser”.

E como todo artista brasileiro, Eliezer reconhece que o mercado de arte é sempre tênue, delicado. “O mercado precisaria absorver mais movimentos, tanto criados pelos próprios artistas como também pelas entidades que estão buscando trazer um certo conteúdo com excelência. A arte tem que ser um oxigênio existencial e o poder público, e privado, precisa ter cada vez mais essa consciência”.

Na Bahia há 50 anos, o artista diz que sempre foi apaixonado pela beleza e cultura do Estado.

“É um povo muito acolhedor divertido, colorido, alegre, espontâneo. Me sinto parte integrante, um baiano de coração. Aqui me integrei e me entreguei”, finaliza Nobre.

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