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19/05/2023 às 6:30 - há XX semanas | Autor: Elis Freire*

CULTURA

MAM abre mostra de Frans Krajcberg nesta sexta-feira

Exposição com 13 obras do artista integra a 21º Semana de Museus na Bahia

Na mostra há pinturas, esculturas, relevos de parede e fotografias de diversas épocas e suportes explorados pelo artista
Na mostra há pinturas, esculturas, relevos de parede e fotografias de diversas épocas e suportes explorados pelo artista -

O Museu de Arte Moderna (MAM Bahia) inaugura nesta sexta-feira, 19, a mostra Entreatos II - Frans Krajcberg Novas Aquisições com obras do artista plástico, fotógrafo e ativista ambiental polonês naturalizado brasileiro Frans Krajcberg. As obras fazem parte do acervo doado pelo artista em vida ao Estado da Bahia e integram a 21º Semana de Museus na Bahia, realizada pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), que acontece entre os dias 16 e 21 deste mês.

O museu, localizado na Avenida Contorno, no Solar do Unhão, recebe o público gratuitamente para a exposição composta por 13 trabalhos de Frans Krajcberg, na Galeria 3. O MAM e os demais museus do Estado vinculados ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) realizam ao longo da 21º Semana dos Museus mostras, oficinas e ações educativas, em diálogo com o tema “Museus, Sustentabilidade e Bem-estar”.

“Elas são obras que vem justamente dialogar com a Semana dos Museus, que tem como tema a sustentabilidade. É uma alegria ter no MAM um artista que foi um dos primeiros artistas militantes. Ele viu o estado em que o planeta se encontra e partiu para lutar de fato, através da arte”, afirma Pola Ribeiro, diretor do importante museu baiano.

A doação do acervo ao Estado da Bahia foi realizada em vida pelo artista no ano de 2017 e firmada pela Justiça em 2022. A exposição Entreatos II - Frans Krajcberg Novas Aquisições é a primeira promovida com o material do acervo, para difusão da arte de Krajcberg aos baianos.

O IPAC, órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, gerencia um Inventário Público para acompanhamento de todo o acervo de quase 500 peças do artista. A exposição no MAM pôde ser realizada após um longo processo de tratamento, restauração e conservação das obras.

“A gente supriu uma lacuna muito grande do acervo do próprio MAM. Até essa exposição o museu não possuía nenhuma obra de Krajcberg. Essa exposição é a ponta de um iceberg em relação a um legado que foi herdado pelo governo do Estado, dentre ações que já estavam sendo feitas de preservação, tratamento e categorização. A mostra dá início à difusão desse trabalho”, afirma Daniel Rangel, curador da mostra.

Com pinturas, esculturas, relevos de parede e fotografias, a mostra explora as diversas épocas e suportes explorados pelo artista, reconhecido internacionalmente. A partir da temática da sustentabilidade, as obras trazem denúncias urgentes em relação ao meio ambiente brasileiro, país em que viveu e se naturalizou.

“Krajcberg é um artista polonês, mas com uma obra muito baiana. Ele trabalhou com o contexto brasileiro a partir de uma ótica do Sul da Bahia, onde ele morou. Ele presenciou o desmatamento na Amazônia, as queimadas no Pantanal e foi um dos primeiros artistas a usar sua expressão como forma de denunciar a destruição da natureza. “Como falar de bem-estar sem viver em um planeta minimamente sustentável?!” indaga Rangel.

“Ele põe a mão na natureza que está gritando. A produção de Krajcberg ao longo dos 96 anos de vida é impressionante: ele trabalhou com diversos suportes: pedras, tronco de árvores, resíduos de serralheria. Ele é aquele artista que viu nas raízes e nos galhos retorcidos pelos incêndios uma forma de expressão. Frans nos diz o tempo inteiro do cuidado que temos que ter com nós mesmos e com a natureza”, completa Ribeiro.

Em sua longa vida, Krajcberg recebeu centenas de reconhecimentos por sua contribuição artística e na defesa do meio ambiente. Em 2008 ganhou o grande prêmio brasileiro da APCA, além da mais alta honraria de Paris (2012) e o troféu de melhor escultor do Mundo pelo IV Grande Prêmio de Enku (Japão, 2015).

Além da exposição de Krajcberg que ficará até setembro, o MAM conta com outras quatro exposições: A Conquista da Modernidade, de Agnaldo dos Santos; Uanga, de J. Cunha, Templo de Oxalá, na Rubem Valentim, e a Coleção de Arte Popular Lina Bo Bardi. O espaço cultural realizará também ao longo desta semana oficinas de xilogravuras, yoga e a palestra “Acessibilidade e Museus: Caminhos a se Encontrar”, amanhã às 16h.

Semana de acesso à cultura

O MAM, o Museu de Arte da Bahia (MAB), o Palacete das Artes e museus do Pelourinho como o Centro Cultural Solar Ferrão, Museu Tempostal, Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica, Museu Abelardo Rodrigues e o Museu do Palácio da Aclamação são os espaços culturais que integram a 21º Semana de Museus na Bahia.

Os equipamentos poderão ser acessados através de um esquema de transporte circular gratuito que vai percorrer os museus do Centro Histórico de Salvador em direção ao Museu de Arte Moderna da Bahia, ao Museu de Arte da Bahia e ao Palacete das Artes, das 10h às 18h.

A semana propõe uma reflexão sobre a importância dos museus na promoção da saúde mental, educação ambiental e inclusão social.

Até domingo (dia 21), os espaços estarão recebendo mesas redondas, palestras e oficinas para discutir o tema.

O MAB recebe hoje às 15h a roda de conversa “Meditação para Equilibrar a Vida”, em parceria com a Brahma Kumaris e amanhã, também às 15h, a Oficina "Entre Folhas: Uma Poética Vegetal", com Viga Gordilho.

O museu Museu Udo Knoff de Azulejaria recebe abertamente o público hoje às 13h para Palestra com a Artista Plástica e Psicóloga, Tarci Paim sobre Arte-terapia e seu reflexo na sociedade e, amanhã, inaugura Outros, painel doado pelo Artista Plástico Vanderlei Oliveira.

Já o Palacete das Artes apresenta duas exposições temporárias que podem ser visitadas até o dia 28 deste mês: Todas as Cores, da artista plástica Lego Lima e As poéticas visuais de Juarez Paraíso.

As visitações são gratuitas e podem ser realizadas de terça a sexta, das 13h às 19h e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.

“É muito bacana ter um evento que acontece já há 21 edições, chamando atenção para os acervos, para as coleções, para a importância dos museus. O tema da sustentabilidade é uma provocação para a semana de museus que acontece no Brasil inteiro. A semana é sempre um momento muito rico com encontros, oficinas, conversas e nós, museus administrados pelo IPAC, estamos com horário ampliado e com o um transporte gratuito para público tenha condição de chegar”, explica Pola Ribeiro.

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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