RECÔNCAVO BAIANO
Público enfrenta sensação térmica de 37º para aproveitar o Flica
Feira Literária Internacional de Cachoeira tem extensa programação até hoje
![Pessoas de diversas regiões da Bahia e do Brasil estão em Cachoeira pra ver a feira](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1240000/1200x720/Publico-enfrenta-sensacao-termica-de-37-para-aprov0124705800202310292116-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1240000%2FPublico-enfrenta-sensacao-termica-de-37-para-aprov0124705800202310292116.jpg%3Fxid%3D6001737%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720995776&xid=6001737)
A 11ª primeira edição da Feira Literária Internacional de Cachoeira (Flica) está agitando o Recôncavo Baiano. O evento, que começou na última quinta-feira, só acaba amanhã e, mesmo com altas temperaturas registradas, a cidade é puro movimento.
Ontem, a sensação térmica chegou aos 37º, mas não foi o suficiente para afastar o público. Com uma programação extensa, diversa e bem espalhada pela cidade, os espaços ficaram lotados.
A temática escolhida para esse ano fez duas belas homenagens. Com o nome ‘Poéticas Afroindígenas no Bicentenário do Brasil na Bahia’, a feira promoveu atividades culturais que celebraram a força de Cachoeira para a independência e deu espaço às narrativas dos povos originários.
A escritora, poeta e cordelista Auritha Tabajara, que esteve entre os nomes da programação do primeiro dia, aproveitou a sexta para ser ouvinte. Para ela, a escolha da temática não poderia ter sido mais assertiva. “Me sinto muito honrada porque sou uma indígena, ex-moradora de rua, e chegar nesse lugar pra mim é muito importante”, contou Auritha.
“Estar na Flica com um tema que traz povos indígenas me deixa sem palavras e emocionada. O movimenta indígena está caminhando, mas precisa que a sociedade conheça, respeite e entenda que nós existimos e que sempre estivemos aqui”, concluiu.
Presente na feira ontem, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, reforçou a relevância histórica da cidade e a importância de um movimento literário para a educação e cultura.
“Cachoeira é uma cidade linda e de um povo acolhedor”, disse o governador. “A Flica promove esse encontro entre quem já domina a escrita e a leitura e aqueles que querem conhecer mais, querem aprender. É importante ver essa juventude nessa festa em torno da cultura, da literatura e da arte”, explanou Jerônimo.
A programação da feira ontem contou com lançamento de livros, apresentações culturais, oficinas e exibição de documentários. Em uma das mesas mais aguardadas do dia, o ex-deputado federal Jean Wyllys falou sobre o tempo que esteve exilado, história que ele narra no livro ‘O Que Não Se Pode Dizer’, discussão que ele julga importante.
“É uma juventude que está plugada, arrastada pela cultura digital, mas que muitas vezes não tem ideia das amardilhas que ela produz. Falar dos impactos da desinformação e da mentira é importantíssimo”, disse.
Programação de hoje
Quem quiser aproveitar a Flica ainda tem tempo e oportunidade. Entre hoje e amanhã, a programação, que começa às 9h, vai ter oficina de desenhos, contação de histórias, sarau poético, debate sobre literatura como direito humano, intervenção cultural e muito mais. A programação completa pode ser acessada no perfil da Flica no Instagram (@flicaoficial).
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