“Sou uma pessoa muito romântica e sensitiva”, diz cantora

Uma das revelações da música brasileira, a cantora Agnes Nunes lançou no dia 28 de janeiro, Menina Mulher, seu primeiro álbum da carreira. O disco já disponível em todas as plataformas digitais de música, marca a transição de fase e evolução da cantora. São dez músicas que mostram este novo lado da jovem cantora de 19 anos.

As diferentes canções falam não só de amor, mas também revelam sobre as variadas vivências de Agnes, que servem também para que seus fãs e admiradores se identifiquem com as situações.

Já a sonoridade passeia desde a MPB, bossa nova e samba, entre outros estilos que a artista também acompanha e admira. Nesta entrevista exclusiva ao Jornal A TARDE, Agnes Nunes fala sobre seus aprendizados, processos, sensações e experiências que serviram de inspiração para este seu primeiro trabalho.

Quais expectativas para o lançamento do seu primeiro álbum? Como você se sente?

Estou muito ansiosa, meu principal sentimento é este. O álbum é muito especial para mim, pois é o meu primeiro. Até a ordem das músicas é uma evolução em questão de letra, de melodia e voz. A música Vish escrevi quando tinha 15 anos. É só eu, um tecladinho e o violoncelo. É um álbum muito especial, que está há quase dois anos sendo trabalhado. Tem todos os meus sentimentos que não consegui falar, só cantar. Uma coisa muito íntima, meu lado mais íntimo, mais puro, está pronto para ir ao mundo. É para as pessoas ouvirem e se identificarem. Espero que cada música faça parte de uma fase da vida das pessoas também. Tem música que imagino gente casando, chorando de alegria ou tristeza, Cada canção tem um significado muito especial.

Por que a escolha do nome Menina Mulher no álbum? E a capa do álbum como foi produzida?

Chama - se Menina Mulher porque realmente pega essa minha transição de menina para mulher. O disco e as músicas acompanharam também essa transição. A gente fez a capa na Bahia, na região da península de Maraú. Alugamos até uma casa para produzir o álbum. Precisava sair da cidade grande e me conectar com a terra e o mar. Inclusive quando fiz a música Menina Mulher, foi quando me conectei com o mar. A gente produziu a capa da maneira mais incrível possível.

O que este seu EP quer comunicar? Quais mensagens você estará transmitindo ao público?

O meu álbum fala muito sobre aprendizados e o ponto de vista para enxergar algumas coisas. É sobre aprendizado, evolução, amadurecimento de uma menina. A forma como uma menina visualiza algo não é a mesma de uma mulher que já viveu muito mais e teve experiências. É também sobre amor e vivência. Sou uma pessoa extremamente romântica, uma artista sensitiva e amorosa. A maioria das músicas falam sobre amor e acerca da dor de ter que partir, mesmo querendo ficar. Estou ressignificando sobre algumas coisas, olhando isso de uma forma diferente de cinco anos atrás. Tem música que as pessoas vão escutar e perguntar para quem escrevi, mas foi para mim mesma. É um trabalho muito íntimo, mas que as pessoas vão ouvir e se identificar, porque são coisas que todo mundo já viveu neste processo de vida. Falo também sobre meus medos, amores, frustrações e outras coisas também.

O que o público pode esperar sobre a sonoridade deste seu primeiro disco ?

Metade animado e metade um pouco mais intenso, com letras mais fortes e pensantes. O álbum está bem Brasil, mas bebi um pouco do americano também. Está bem brasileiro porque cresci ouvindo bastante música popular brasileira e bossa nova, por isso tem bastante dessa influência. Tem um pouquinho de samba, de MPB, tem um pouquinho de tudo. Não gosto de me limitar, sou uma artista que canta. Eu gosto de cantar, independente do ritmo que seja. Sou cantora e artista. Não sou cantora de bossa nova ou MPB, eu só canto.

Como foi o processo de gravação e edição deste disco? Quanto tempo levou para ser produzido?

Juntando todos os processos, foram quase dois anos de produção deste álbum. Foi escrita, e depois tivemos que colocar os instrumentos, até porque todos os músicos tiveram que ser baianos, já que gravamos na Bahia. O álbum foi gravado em três lugares: no Rio de Janeiro, São Paulo e na Bahia. Todas as músicas são autorais, minhas mesmo. Com produção de Kassin e Neo. O Neo é um produtor jovem que está aqui há seis anos já, ele é um gênio. Temos uma conexão muito legal, que facilita muito. Quando entro no estúdio já chego com ideias. Eles conseguem transformar minhas ideias e sentimentos em música. Isso é uma das coisas mais preciosas do mundo. O Kassin, o outro que é um produtor incrível também. Ele já tem uma experiência incrível no mercado da música. Fiz essa junção com Neo que já é mais atual, mais novo no mercado da música, com Kassin, que já tem uma experiência muito maior e essa junção foi a coisa mais incrível que poderia ter acontecido. Está muito lindo, de verdade.

O que você mais destaca neste seu primeiro EP? Quais as maiores surpresas?

É o meu primeiro álbum, é muito especial. O que mais aprecio nele é a forma e o quão íntimo ele é. O quão o meu eu, um lado que talvez não mostraria para tantas pessoas, mas neste álbum em si fui tocada e me abri de uma forma grandiosa. Hoje ouço e vejo que tive coragem para falar isso e me traduzir desta forma. Tem muito o meu eu em todos os processos. Participei de tudo deste álbum, estava presente em todas as coisas. Na escolha da capa, na forma que seria feita, nas músicas, na escolha dos músicos. Fiz questão de estar muito presente dentro de cada processo. Meu primeiro filho e estou me sentindo muito orgulhosa.

Qual convite você faz para que todos escutem e aproveitem Menina Mulher?

Quero convidar todos a ouvirem o primeiro álbum da minha carreira. Não chamo ele só de álbum, mas também de filho. É a forma mais íntima da Agnes Nunes, que todos poderão ver e ouvir. Está muito especial, espero que todos gostem e sintam as sensações e sentimentos que senti. Quero ser trilha sonora dos melhores momentos da vida de todos vocês!

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.