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28/12/2023 às 6:00 - há XX semanas | Autor: Patrick Levi

ENTREVISTA

‘A Rio-2016 foi mágica para todos’, diz craque do futebol de cegos

Confira a entrevista de A TARDE com Cássio Reis, baiano do futebol de cegos

Imagem ilustrativa da imagem ‘A Rio-2016 foi mágica para todos’, diz craque do futebol de cegos
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O desempenho do Brasil no futebol de cegos do Parapan de Santiago fez jus ao favoritismo da Amarelinha. Enfrentando a Colômbia na disputa pelo ouro, a seleção brasileira levou vantagem e ganhou pelo placar de 1 a 0. Essa foi a quinta vez nos jogos Parapan-Americanos que o País subiu ao lugar mais alto do pódio.

E nesse time inquestionavelmente vencedor – em seis jogos no torneio, o Brasil venceu cinco partidas e perdeu somente uma, contra uma Argentina, atual campeã mundial – a Bahia esteve muito bem representada. Três atletas da equipe são do estado: Cássio Reis, Jefinho e Maicon.

Dando seguimento à série de entrevistas especiais que o A TARDE faz com os medalhistas baianos nos jogos de Santiago, a conversa hoje é com o camisa 5 da seleção, Cássio Reis. Natural de Ituberá, cidade localizada a 170 km de Salvador, o experiente zagueiro tem currículo elogiável.

Dentre os muitos títulos, é possível destacar o tricampeonato dos Jogos Paralímpicos (Tóquio-2020, Rio-2016 e Londres-2012) e ter sido quatro vezes ouro no Parapan-Americano (Guadalajara-2011, Toronto-2015, Lima-2019, e Santiago-2023). Além disso, vale ressaltar a medalha de bronze conquistada na Copa do Mundo ainda neste ano, em Birmingham (Inglaterra).

Com quantos anos você se tornou deficiente visual? Como isso afetou a sua relação com o esporte?

Perdi a visão aos 14 anos. Os motivos foram deslocamento de retina e catarata. Ambas foram descobertas na infância. Cheguei a fazer cirurgia, mas depois perdi totalmente o efeito positivo da cirurgia. Nessa idade, logo após a perda, saí da minha cidade natal, Ituberá, e fui para Salvador, a fim de estudar, completar meus estudos e seguir minha carreira. Foi aí que conheci o esporte paralímpico. Diversas modalidades, dentre elas o futebol para cegos. Foi onde me encontrei. Desde 2005, me dediquei bastante para criar uma identidade, um nome, e ajudar não só o clube – na época, o Instituto de Cegos da Bahia –, mas também realizar o meu sonho de ir à seleção, que se realizou três anos depois, disputando uma Copa América na Argentina.

Seu currículo é extenso, você já venceu muitos títulos. Qual deles julga mais importante?

Para mim, todas as competições são importantes. A última conquista é sempre a que fica mais evidente, porque é ela que condiciona o nosso trabalho que vem em seguida. Então, nesse caso, o Parapan que foi no Chile acaba sendo agora o campeonato mais importante, porque acabamos de vencer. Mas, historicamente, para a seleção brasileira o título mais importante de todos foi o do Rio de Janeiro, em 2016. Acredito que quase 100% dos meus companheiros citarão esse título caso sejam perguntados, porque foi dentro de nossa casa. Aquilo para a gente foi mágico.

Qual foi o maior desafio para você quando se profissionalizou? Você considera que teve bastante apoio na sua história no esporte?

Em 2011, no meu primeiro Parapan, eu tinha quebrado a perna e estava voltando de lesão, e havia ficado um ano afastado. Quando voltei, voltei bem a ponto de conquistar a titularidade e pude conduzir a seleção até o título. Aquilo para mim foi um divisor de águas e me deu um gás para construir meu nome. [...] Meus principais incentivadores são, principalmente, meus familiares, que sempre estão comigo. Amigos, professores também. Um bom exemplo é o professor Gerson Coutinho, que tive quando cheguei ao Instituto. Ele foi campeão comigo diversas vezes pelo clube na época. O professor Antônio Bahia eu também não posso deixar de citar. São figuras ilustres que, para mim, somam muito. Mas meus familiares vêm em primeiro lugar, servem como um gás, são um fator primordial para eu continuar batalhando.

No Fut-5, o Brasil é o maior vencedor das Paralimpíadas. Qual a sua expectativa para os jogos de Paris?

A melhor possível. Sabemos que muitos times estão com um trabalho muito forte, há muita seleção aparecendo com qualidade. Mas não podemos deixar de destacar o que a gente constrói, o nosso trabalho enquanto seleção brasileira, que é muito forte e com uma dedicação imensa. Trazemos toda a técnica envolvida em cada um dos jogadores que faz com que a gente tenha um coletivo muito forte, interessante e envolvente. E temos a raça que nos ajuda a colocar tudo isso em prática. A expectativa, primeiro, é chegar à final, e depois conseguir essa medalha de ouro, que é nosso desejo, nosso sonho.

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