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22/03/2024 às 22:25 - há XX semanas | Autor: Da Redação

INCLUSÃO

Atletas da paranatação tem suas vidas transformadas pelo esporte

Modalidade tem melhorado índices esportivos e de qualidade de vida

Esporte mudou radicalmente a vida de atletas paralímpicos da Bahia
Esporte mudou radicalmente a vida de atletas paralímpicos da Bahia -

É caso do paratleta Ricardo Pires, de 21 anos. Ele iniciou a carreira há três anos após dar entrada para fazer fisioterapia. Ele foi selecionado e conheceu o esporte de alto rendimento.

“Antes da lesão, eu jogava bola. Depois, eu não conseguia me enxergar praticando nenhum esporte. Fiquei em casa preso no quarto, sem querer fazer nada e não me sentindo apto. Foi através do alto rendimento na natação que me reencontrei”, revelou.

Ele participa de treinamentos durante a semana na Piscina Olímpica da Bahia, localizado na Avenida Bonocô, em Salvador, que dispõe de uma estrutura adequada ao público PCD, preparação física e todo suporte de fisioterapia.

“Eu aproveitei a oportunidade. É maravilhoso porque meu sonho sempre foi viver do alto rendimento. Mas, mesmo com o decorrer dos acontecimentos, hoje, vivo da natação num sonho. As expectativas são as melhores possíveis com os treinamentos. Venho chegando ao máximo em cada treino e os resultados estão aparecendo. Minha meta é ser campeão brasileiro dos 100m peito”, revelou.

Para a ex-atleta e atualmente treinadora do Núcleo de Alto Rendimento da Fundação José Silveira, Verônica Almeida, é uma oportunidade única para seus alunos. Alguns vieram de Jequié e treinaram nas dependências da praça esportiva na capital baiana.

“É uma realidade nunca vivida por eles. A proposta maior do projeto sempre foi a inclusão, mas foi ganhando força com minha experiência por ser uma atleta profissional em poder visualizar quem tem perfil para virar atleta de alto rendimento. Então, eles são encaminhados para aprender a nadar e, depois, para os treinamentos específicos”, destaca.

“Essa rotina é muito louca e puxada, inclusive no último ano do Ensino Médio. É muito desafiador e gratificante viver tudo isso com novidades diariamente. O cansaço físico e mental é muito grande. Mas, quando chegamos na competição do outro lado da piscina e vemos que todo esforço valeu a pena, é uma sensação ótima. A natação mudou a minha vida”, relatou Bárbara Brito, de 16 anos .

No projeto há três anos, o atleta Alan Gomes já obteve êxito na modalidade, com conquista de medalhas em competições nacionais.

“Eu queria um esporte que encaixasse comigo e com minha deficiência. Eu já comecei ganhando medalhas e tive boas conquistas, como o vice-campeonato e mais três medalhas nos Campeonatos Brasileiros Universitários, além de várias medalhas de ouro, prata e bronze nos meetings norte-nordeste”, comemora .

Verônica crê que o desenvolvimento do paradesporto se dá pelo maior acompanhamento e realização de competições paralímpicas. Salvador sediou o Meeting Paralímpico, evento promovido pela primeira vez na Bahia, onde os atletas participaram de uma competição oficial com o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

“Dos nossos 12 atletas, sete estão com índice para disputar o nacional. É um número impressionante para o pouco tempo. Destes, apenas três já competiram e quatro vão estrear. Mas, todos melhoraram seus tempos" informou a técnica.

Calejada em competições, Bárbara ficou satisfeita com sua participação em casa. “Meu resultado em relação ao tempo mais expressivo foi no último sábado, 16, nos 50m livre. Com mais de um ano e um mês tentando e batendo na trave, consegui nadar abaixo de 32s em piscina longa. Foi incrível ser em nosso estado e nessa piscina que treinamos. Se fosse em qualquer outro lugar, não seria essa felicidade.”

Já Marcos Paulo Gildes, de 24 anos, também teve seu melhor resultado e classificação para o brasileiro absoluto com apenas três meses de treinamento. “Foi muito bom ficar entre os dez melhores índices do Brasil na minha categoria na minha primeira competição oficial. É uma experiência surreal, mas nada mais do que o esperado com o trabalho, a dedicação e o esforço”, comemora.

Apoio ao paradesporto – Verônica finaliza agradecendo as mobilizações feitas pela Sudesb com demais parceiros, como a Federação Baiana de Desportos de Participação (FBDP) e o Centro de Referência Paralímpico da Bahia para o Meeting Paralímpico acontecer, além da logística dos treinamentos na Piscina Olímpica com avaliações, testes e palestras de fisioterapia e nutrição. O coordenador do Núcleo de Paradesporto da Sudesb, Adelmare Junior, destaca a importância das ações para os atletas do paradesporto de alto rendimento.

“É muito importante a presença destes atletas em uma piscina olímpica para que possam participar dos eventos nacionais e melhorar as suas marcas, seus rankings, inclusive para os programas de incentivo e auxílios. A Sudesb tem apoiado nas diferentes políticas públicas para o desenvolvimento dos atletas do paradesporto da iniciação esportiva até o alto rendimento como na realização dos grandes eventos. O Meeting foi importantíssimo para diminuir as dificuldades de logística para um evento de peso que o Estado da Bahia conseguiu trazer e aumentar sua vitrine”, explica Junior.

Resultados do Meeting

Ao todo, a delegação de Jequié da Fundação José Silveira conquistou 30 medalhas no Meeting, com 20 de ouro, nove de prata e uma de bronze, divididos por onze atletas. No tiro com arco, os baianos também conquistaram medalhas nas categorias: recuervo olímpico 18m (um ouro e uma prata); barebow W2 10m (um ouro, uma prata e um bronze); e barebow iniciantes 10m (um ouro e uma prata). Já no atletismo, foram 28 medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze conquistadas pelos baianos.

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