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07/06/2022 às 20:56 - há XX semanas | Autor: AFP

CRÍQUETE FEMININO

Críquete feminino vive 'boom' no país do futebol

Febre em Minas Gerais, Críquete toma conta das crianças da cidade

A cidade mineira de 170.000 habitantes virou a capital deste jogo também criado na terra da rainha
A cidade mineira de 170.000 habitantes virou a capital deste jogo também criado na terra da rainha -

Em um pátio cimentado de uma comunidade humilde em Poços de Caldas, Minas Gerais, um grupo de crianças corre a toda velocidade atrás de uma bola. Mas no lugar do onipresente futebol, o esporte nacional, a partida é de críquete.

A cidade mineira de 170.000 habitantes virou a capital deste jogo também criado na terra da rainha.

Contrariando todos os prognósticos, o Brasil se tornou uma potência emergente do críquete, especialmente por sua seleção, que fechou contratos em 2020, tornando-se o primeiro país a profissionalizar as mulheres antes dos homens.

A maioria de seus jogadores aprendeu a jogar em um dos 63 programas para jovens da organização Cricket Brasil, cujo presidente é o ex-jogador profissional Matt Featherstone, um inglês casado com uma brasileira que chegou ao país há 20 anos.

"Minha esposa acha que estou louco" por ensinar críquete aos brasileiros, brinca Featherstone, de 51 anos, ainda um atleta de entusiasmo contagiante.

Seu carisma transformou Poços de Caldas, um município cafeteiro, no que o prefeito Sérgio Azevedo tem orgulho de chamar de "a única cidade no Brasil onde os jovens jogam mais críquete do que futebol".

- No ritmo do samba -

Featherstone tentou em um primeiro momento transmitir seu amor pelo críquete nas escolas privadas, mas ali concorria com o rúgbi, o hóquei, a vela e "tudo o que você puder imaginar", conta.

Nos bairros carentes, ao contrário, onde a opção é "futebol ou futebol", descobriu famílias dispostas a acolher novos esportes.

Diferentemente da Inglaterra, onde o críquete geralmente é um esporte masculino da alta sociedade, "aqui temos uma folha em branco para fazer o que quisermos", diz.

Roberta Moretti Avery, capitã do time feminino, lembra do momento em que descobriu o críquete na TV.

"Eu não entendia as regras, só vi que havia um monte de gente vestida de branco, e que durava muito tempo", lembra Avery, de 36 anos.

Mas ao mesmo tempo, a fez lembrar um jogo de rua brasileiro conhecido como "bats" ou "taco".

A história conta que os escravos brasileiros inventaram esse jogo com paus de vassoura e garrafas, depois de ver os britânicos que chegaram ao Brasil no século XIX para construir ferrovias jogando críquete.

O entusiasmo e a abertura do Cricket Brasil acabaram convencendo Avery.

"A forma que foi implementado aqui para os brasileiros foi muito bacana, foi de uma forma muito divertida", diz Avery.

Durante os treinos, a equipe brasileira toca funk e samba antes das partidas e prefere as noitadas ao chá com sanduíche de pepino.

- Expandindo horizontes -

Graças aos projetos lançados em 2009, Poços de Caldas tem mais de 5.000 jogadores.

O Cricket Brasil quer chegar a 30.000 e chegar a outras cidades.

Algumas jogadoras ganharam renome internacional, como Laura Cardoso que, com apenas 16 anos virou manchete ao eliminar cinco adversárias nos últimos seis lançamentos contra o Canadá, durante as classificações para o Mundial.

Uma façanha nunca alcançada em um torneio internacional feminino T20.

Recém-chegada de uma experiência profissional em Dubai, Cardoso poderia se tornar uma das melhores do mundo, diz Featherstone. Mas a jovem prodígio, agora com 17 anos, vai com calma.

"Caraca, o que eu fiz por merecer estar aqui?", diz, entre risos, perto do centro de treinamento da seleção, doado pelo governo municipal.

O combinado feminino do Brasil, atualmente 28º no ranking internacional T20, quer mais, após vencer quatro dos últimos cinco campeonatos sul-americanos dos quais participa apenas um punhado de países.

Com o sucesso, veio também o dinheiro do Conselho Internacional de Críquete e os patrocinadores.

O orçamento anual do Cricket Brasil subiu de cerca de US$ 5.000 há uma década para US$ 350.000, o que permitiu à organização lançar um programa de treinadores e enviar jovens promessas para a universidade.

A vida de alguns jogadores mudou, como a de Lindsay Mariano, de 20 anos.

"Antes de jogar não tinha passaporte", diz, em uma pausa do treino para a próxima viagem da seleção brasileira pela África, mas agora "já viajei bastante graças ao críquete".

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