DISCURSO NA CASA BRANCA
Biden diz que nomeará '1ª mulher negra' para Suprema Corte
Presidente explicou que ainda não tem nome para indicar, mas que deverá apresentar proposta nos próximos dias
O presidente americano, Joe Biden, confirmou nesta quinta-feira, 27, que vai nomear, pela primeira vez na história, uma mulher negra para a Suprema Corte dos Estados Unidos, para substituir o juiz Stephen Breyer, que se aposentará.
Biden, que fez esta promessa durante a campanha presidencial, esclareceu, em discurso na Casa Branca, que ainda não tinha feito uma escolha e que a fará "no fim de fevereiro".
Mas disse ter duas coisas claras: "A pessoa que vou nomear terá qualificações, uma personalidade, uma experiência e uma integridade extraordinárias. E será a primeira mulher negra nomeada para a Suprema Corte".
O juiz negro Clarence Thomas já faz parte da Suprema Corte, que tem nove membros nomeados em caráter vitalício.
Dos 115 juízes que a integraram desde a sua criação, só houve cinco mulheres (quatro brancas e uma hispânica) e dois homens negros.
Desde que chegou à Casa Branca, Joe Biden, eleito com o apoio dos eleitores negros, tem tentado aumentar a diversidade nos tribunais federais de todo o país.
Nesta quinta, ele homenageou o juiz Breyer, de 83 anos, 28 dos quais como membro da máxima corte americana.
"É um juiz exemplar, justo com as partes, cortês com seus colegas, prudente em seus raciocínios" e que "trabalhou incansavelmente para tornar realidade a noção de que o Direito existe para ajudar as pessoas", disse o presidente.
O juiz progressista, que deixará o cargo no próximo verão no hemisfério norte, fez uma declaração a favor do Estado de Direito.
"Nosso país é complicado", com seus 330 milhões de habitantes de origens, religiões e opiniões diversas, afirmou. "No entanto, decidiram resolver suas principais diferenças mediante a lei".
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