Quase um terço dos Estados Unidos, de Boston e Nova York, no nordeste, passando pelo Kansas (centro), até Chicago (norte) e Atlanta (sul), ainda sofria nesta quarta-feira com a onda de calor que alcançou temperaturas superiores a 38°C esta semana e causou algumas mortes.
Na Geórgia (sul), um adolescente de 15 anos vítima de uma insolação morreu quando voltava para o vestiário após um treino de futebol americano ao ar livre, informou o jornal "Atlanta Journal Constitution".
Por causa da umidade, a sensação térmica se assemelha, às vezes, a de 45°C, disseram os serviços meteorológicos.
Em Chicago, a polícia investiga as mortes de seis pessoas entre terça e quarta-feira que podem estar relacionadas ao calor, o que elevaria para 13 o saldo de falecimentos na metrópole, de acordo com o jornal "Chicago Tribune".
Em 1995, a cidade viveu uma terrível onda de calor que deixou cerca de 800 mortos em uma semana.
Em Wisconsin (norte), uma mulher de 75 anos e com problemas de saúde foi encontrada morta em seu apartamento, contou o "Milwaukee Journal Sentinel", acrescentando que ela desligou o ar-condicionado para economizar.
Em Nova York, onde ontem se decretou estado de emergência, a cidade superou seu recorde de consumo de energia e a demanda de ar-condicionado e sistemas de refrigeração alcança números sem precedentes.
Moradores e empresas foram novamente estimulados nesta quarta a poupar energia para evitar um apagão. Edifícios emblemáticos, como o Empire State Building ou o Yankee Stadium, por exemplo, apagaram suas luzes, e as autoridades pediram à população que mantenha seus termostatos em 26°C.
Em Chicago, cerca de mil pessoas foram retiradas de seus apartamentos na terça-feira depois que um blecaute lhes privou dos aparelhos de ar-condicionado.
Em Washington, foi organizada uma distribuição de garrafas de água nas saídas do metrô para compensar os esforços dos usuários, que devem subir e descer as longas escadas rolantes desligadas para poupar energia.