População quilombola tem o maior público jovem masculino, diz IBGE

Das 1,3 milhão de pessoas quilombolas no Brasil, cerca de 24,7% tinham de 15 a 29 anos de idade, grupo de idade predominante nessa população. Entre os quilombolas, o segundo grupo com maior peso era o de zero a 14 anos de idade (23,7%), seguido pelo de 30 a 44 anos (21,9%). Ao todo, quase metade (48,4%) dos quilombolas tinham até 29 anos de idade em 2022. Já a idade mediana dos quilombolas foi de 31 anos de idade, abaixo da idade mediana da população total residente no Brasil, de 35 anos de idade.

No recorte de sexo, houve uma diferença mínima de 520 homens: 665,3 mil contra 664,8 mil mulheres. Dessa forma, a razão de sexo da população quilombola foi de 100,08, ou seja, em 2022, havia 100 homens para cada 100 mulheres. No total para o país, a razão era de 94,2 homens para cada 100 mulheres.

As informações fazem parte da divulgação “Censo Demográfico 2022: Quilombolas e Indígenas, por sexo e idade, segundo recortes territoriais específicos - Resultados do universo”, que contempla informações referentes a estrutura etária e perfil de sexo da população quilombola e da população indígena, apresentadas nesta sexta-feira, 3, a partir de 10h, em evento realizado na Comunidade Quilombola Campinho da Independência, em Paraty (RJ), e transmitido pelo IBGE digital.

Pela primeira vez na história do país, o Censo 2022 investigou a população quilombola e suas características demográficas, geográficas e socioeconômicas. As pessoas com 60 anos ou mais eram 13,0% da população quilombola, percentual menor do que esse grupo no total residentes no Brasil que era de 15,8%.

A pesquisa ainda mostrou que a população quilombola tem perfil etário ainda mais jovem dentro de territórios oficialmente delimitados. Ao todo, o percentual de quilombolas com até 29 anos em territórios é de 52,5%, enquanto os idosos com 60 anos ou mais participam com 11,8%. Cabe ressaltar que apenas 12,6% da população quilombola reside em Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, enquanto o demais (87,4%) estão fora desses territórios.